Neste minha saga de «mostrar» Castro Daire ao mundo, na condição de munícipe assumido que se preza da sua terra, seja através do meu site «trilhos-serranos», seja no Youtube e aqui mesmo no Facebook, sem subsídios nem avenças municipais, nem ensejos de pendurar uma medalha de mérito ao peito, cerimónia tão vulgar e corriqueira hoje em dia, por estas bandas (o que, aliás só reforça a minha independência face aos poderes instituídos, a quem jamais verguei a cerviz) prossigo hoje com alguns conjuntos de fotos relativas ao passado histórico da nossa vila, certo de que a generalidade dos castrenses jamais parou, olhou e viu o que está à frente dos olhos de toda a gente.
1 - Quem não se lembra de entrar em Castro Daire, pelo sul, (estrada nacional nº 2) e logo à entrada ser informado que chegou a «CASTRO DAIRE» através do topónimo colocado em AZULEJOS numa casa à esquerda de quem entra? Quem parou, olhou e viu o MONOGRAMA que entrelaça as letras APC ao centro, por cima do topónimo?
Não. Não são as minhas iniciais APC e também não são as do senhor que foi proprietário da casa. E não sendo uma coisa nem outra, só pode ser o MONOGRAMA do artista que fabricou os azulejos, já que ele parece fazer parte integrante dos mesmos. E aquele candeeiro, artesanal a imitar uma abóbora recortada para deixar passar a luz? Gente com gosto, imaginação e arte.
2- Seguindo a rota em frente quem parou, olhou e viu os belos azulejos da dita «Casa do Juiz», cuja história já deixei em pormenor no meu seite trilhos-serranos» versão «.com»? Quem se deliciou com a arte decorativa da sua fachada e do MONOGRAMA «SS» (dos Silvas e Farrecas) negociantes de peixes, em tempos idos?
3 - E logo mais adiante quem parou, olhou e viu a arte projetada na Fonte dos Peixes, em toda a sua escultura, mas principalmente no MONOGRAMA da «CM» que, em alto relevo, foi lavrado na esfera sobre a data de 1921?
Interpelei várias pessoas sobre aquela «figura». Ninguém foi capaz de decifrar o MONOGRAMA. Ninguém, é como quem diz. Houve um senhor que me respondeu na ponta da língua. Foi o senhor Carlos Augusto Duarte Pinto (meu amigo e informante privilegiado) que mereceu ficar na fotografia. Respondeu que significava «Câmara Municipal», mas ficou altamente surpreendido quando o chamei a atenção para os elementos que formavam as letras a atirar para o GÓTICO. Disse-lhe que eram peixes entrelaçados e a sua sabedoria de muitos anos, reconheceu, de imediato e humildemente, que nunca tinha reparado nisso. Pois reparem os meus amigos facebookianos e se não perceberam... façam um desenho.
4 - E não se fiquem por aí. Avancem, parem, olhem e vejam outro MONOGRAMA que, não tardará muito tempo, dele restará somente esta fotografia, já que não são muitos os interessados castrenses que se dignam parar, olhar e ver o nosso passado histórico, através destas minudências artísticas. É em frente ao Jardim Público. No prédio que foi de «JG», (João Guedes) o edifício que resta do velho «crasto» dos anos 40, no centro da vila. A foto aqui fica, com o destaque do MONOGRAMA.