ACÁCIO FIGUEIREDO
SERRAÇÃO DA CORREDOURA/BOUCAL
Acácio de Figueiredo esteve primeiramente ligado à SERRAÇÃO DA CORREDOURA, nascida em Castro Daire, mas por razões de energia elétrica, mudou-se para as CHÃS/BOUCAL (TERRAS DE LAMELAS) com a maquinaria e o pessoal, onde tomou o nome de SERRAÇÃO DO BOUCAL. Mas vamos ao princípio dela, já que, em devido tempo, falarei no seu fim.
1 - SERRAÇÃO «A CORREDOURA»
Na vila de Castro Daire, a Serração da Corredoura, foi a segunda a ser instalada. Não tardou, porém, a ser e mais designada por "Serração do Vale do Paiva". Teve como primeiro proprietário António Clemente da Costa. Nos anos 50, Clemente da Costa chegaoua negociar a firma com um tal Dr. Taborda, de Lisboa, mas por este não satisfazer os compromissos assumidos, o negócio foi gorado. Surgeiu então Hermínio de Oliveira que, depois de passar 175 contos para a mão do proprietário, passou a chamar a fábrica sua. De seguida deu sociedade a Acácio de Figueiredo e este, na década de sessenta, depois da aquisição da cota do seu sócio, torna-se sozinho senhor e dono da fábrica.
Acionada por duas máquinas a vapor desde o início, uma "Ruston" estava ainda em laboração, ali, em 1971, década que assistiria à sua ida para a sucata por ordem do atual proprietário.
Posteriormente, como disse acima, por razões que se prendiam com o fornecimento de energia elétrica, Acácio de Figueiredo mudou-se com armas e bagagens para o sítio das CHÃS, onde o EQUIPAMENTO acabou imobilizado pronto a ir para a sucata. Restam lá parte da instalações e a elas se prende o texto que escrevi com o título «O ÚLTIMO DOS MOICANOS» referindo-me a uma relíquia rodoviária que pertenceu à Empresa tornada inativa, o espaço prestou-se a aluguer para estacionamento de viaturas e uma delas, dado o valor funcional e simbólico que teve no concelho, merece ter neste APONTAMENTO o destaque que já lhe dei noutra altura. Refiro-me ao último carro da EMPRESA GUEDES, pois, como já sabemos, eu, assumido almocreve das letras, atravessando o rio do conhecimento, não deixo em nenhuma das margues o produto que transporto nos meus alforges. Por isso aqui descarrego o texto que publiquei em tempos, neste mesmo site. E cabe ao historiador lembrar o PASSADO em letra redonda por forma a que o FUTURO do concelho tenha algum sentido.
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