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domingo, 14 agosto 2022 17:32

OS SETE MAGNÍFICOS

Escrito por 

NOTABLE PEOPLE

Toda a minha postura pública e cívica veiculada através da escrita e da imagem, sejam as ideias postas nas crónicas soltas da imprensa livre ou aprisionadas em livros e em vídeos, sempre levaram colada a minha preocupação de “não envergonhar os meus pais e família, não desiludir os amigos e honrar os professores e instituições que me formaram”, ciente, embora, de que, ao longo do percurso de vida, não estaria isento de erros, de omissões e até de desagrado para certa gente a quem sempre pedi a sua complacência ou retorqui, de volta, fundamentando as ideias que não eram do seu agrado.

Um desses meus escritos incidiu sobre a série  “WESTERN” que correu no canal FOX-MOVIES em 2018. Textos que inclusos foram no livro “PEGADAS MINHAS”, editado neste ano de 2022.

 

1-globoAssim, para não fugir à área das minhas paixões, impulsos, interesses e para manter-me no campo semântico do léxico utilizado nesses textos, direi que, aos 83 anos de vida, quando menos esperava, vi o meu nome associado publicamente a um lote de cidadãos portugueses, no trabalho de investigação/divulgação com o título “NOTABLE PEOPLE” que me fez lembrar essas minhas andanças e gostos pela aventura e descoberta guiado pela divisa henriquina de “talant de bien faire”.

Assim, rodeado por todas essas “notáveis” personalidades, todas metidas na categoria específica de “INVESTIGAÇÃO E CIÊNCIA”, tudo a partir do recheio existente em BANCOS DE DADOS INFORMÁTICOS, dei-me ao trabalho de ir conhecer alguns retalhos BIOGRÁFICOS dos “SETE MAGNÍFICOS” que, geograficamente, mais perto de mim nasceram e comigo figuram no GLOBO TERRESTRE AZUL que ilustra esse trabalho, cujo link se anexa por via de “dúvidas”.

  https://tjukanovt.github.io/notable-people ),

7 magníficos - CópiaMas bem ciente de que, face a todos eles e à obra que fizeram, em prol da HUMANIDADE e do BEM COMUM, eu não passo de um simples aprendiz de pistoleiro no manejo do revólver, trôpego nas voltas e reviravoltas dadas à arma antes de a meter no coldre para descanso. Que o mesmo é dizer meter e tirar no tinteiro a caneta para dele sair carregada de tinta e de ideias atiradas aos alvos da filosófica e científica pontaria de cada um deles.

Para o efeito socorri-me dos dados publicados na Wikipedia, visando, com mais esta PEGADA ESCRITA, deixar pespegado nestes meus “TRILHOS SERRANOS” um registo que será um quinhão da «legítima imaterial» que deixo aos meus filhos e netos, por forma a que eles, não tenham o trabalho de gastarem a polpa dos polegares nos seus novéis suportes de leitura, informação e saber, constatando que o seu pai e avô, fazendo uso de outros suportes de INVESTIGAÇÃO, CIÊNCIA, CULTURA E PENSAMENTO, se sente muito honrado na companhia de tais CIDADÃOS, aqueles que, pelo seu labor e motivações de vida, se tornaram os mais “notáveis” das terras onde nasceram, segundo o estudo que chegou até mim através do meu ex-aluno Carlos Manuel Vicente.

De acordo com as informações recolhidas, atendendo à data de nascimento, seguem-se, cronologicamente, os nomes desses desses SETE MAGNÍFICOS, lista da qual me autoexcluo, por razões obvias. Assim:

1 - PEDRO DA FONSECA 

Nasceu em Proença-a-Nova em 1528, e ingressou na Companhia de Jesus em Coimbra, em 1548. Inicia os estudos em 1551, em Évora, onde estuda teologia entre 1552 e 1555. Doutora-se na cidade de Évora em 1570 (acto a que assistiram El-Rei D. Sebastião, o Cardeal D. Henrique e o Príncipe D. Duarte). Nos anos de 1552 e 1553 lecciona filosofia na Universidade de Évora. A partir de 1555, torna-se professor de filosofia no Colégio das Artes de Coimbra; foi entre estas duas cidades que exerceu a sua actividade lectiva.

O seu percurso é marcado pelo exercício de funções administrativas na Companhia de Jesus, obrigações que o levam a deslocar-se a Roma como delegado geral da província portuguesa da ordem entre 1572 e 1582, ano em que regressa a Portugal. De Roma, trouxe uma relíquia do Santo Lenho a qual doou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 1588. Fundou ainda importantes obras enquanto Propósito da Casa de São Roque e como Visitador da Província de Portugal da Companhia de Jesus. A Igreja de São Roque, onde se encontra sepultado, deve-lhe o seu adorno e o seu tesouro. Voltaria a Roma em 1592, mas veio a falecer em Lisboa, em 1599.

O seu legado escrito é marcado pela profusão de obras de carácter filosófico, muito provavelmente produzidas no âmbito do ensino. 

 

2 - JOSÉ MARIA DA CUNHA SEIXAS

“Nasceu na vila de Trevões, São João da Pesqueira, 26 de março de 1836 — Lisboa, 27 de maio de 1895. Foi um intelectual, filósofo, terceiro filho de outro José Maria da Cunha Seixas, um lavrador abastado, e de Maria Antónia de Azevedo e Cunha, natural do Rio de Janeiro.

As posses da família permitiram a contratação de preceptores privados para a educação dos nove filhos do casal, suprindo assim as limitações do professor régio da localidade. O fervor religioso de Maria Antónia levou a que fossem preferidos religiosos para a função, tendo cabido a educação de José Maria ao padre Caetano Esteves de Matos. Em consequência teve uma educação dentro dos cânones do mais estrito catolicismo, sendo-lhe destinada uma carreira eclesiástica. Após o falecimento precoce do pai, sua mãe, viúva aos 35 anos de idade, aumentou o seu fervor religioso, tornando-se mais estrita na educação dos filhos, efetivamente isolando-os das outras crianças e fazendo-os levar uma infância reclusiva…”

3 - ALEXANDRE SERPA PINTO

Nasceu na casa e quinta das Poldras, na freguesia e paróquia de Tendais, no concelho de Cinfães, no dia 20 de Abril de 1846, filho do Miguelista José da Rocha e Miranda de Figueiredo (Tendais, Cinfães, 17 de Abril de 1798 - Porto Antigo, São Miguel de Oliveira, Cinfães, 1898), médico, e de sua mulher Carlota Cacilda de Serpa Pinto (nascida em 1817), sendo neto materno homónimo do famoso liberal, militar e político Alexandre Alberto da Rocha de Serpa da Costa Pinto (falecido em 1839) e de sua mulher Joaquina Antónia de Lacerda da Silveira de Ataíde e Vasconcelos (falecida a 21 de Maio de 1829), o primeiro filho de António de Serpa Pinto da Costa (nascido a 11 de Junho de 1743) e de sua mulher Ana Angélica Maria de Abreu (nascida a 6 de Outubro de 1755). Foram seus tios maternos António de Serpa Pinto (1812 - 1887), casado com Quitéria Augusta (1818 - 19 de Fevereiro de 1888), e José Maria de Serpa Pinto (nascido em 1819).

4 - FRANCISCO GOMES TEIXEIRA

Nasceu em S. Cosmado, Armamar, em 28 de Janeiro de 1851, e faleceu no Porto em 8 de Fevereiro de 1933. Professor universitário e investigador em Matemática, concluiu o curso de Matemática na Universidade de Coimbra em 1874, tendo-se aí doutorado no ano imediato, com uma dissertação intitulada Integração das equações às derivadas parciais de 2ª ordem. A dissertação de concurso para professor, de 1876, foi Sobre o emprego dos eixos coordenados oblíquos na mecânica analítica. Em Coimbra foi professor até 1883, ano em que foi nomeado professor e diretor da Academia Politécnica do Porto. Em Agosto de 1911 foi nomeado reitor da recém-criada Universidade do Porto, passando a reitor honorário em 1918. Manteve a docência até 1929. Foi membro das Academias das Ciências de Lisboa, Madrid, Barcelona, Halle e Praga e doutor honoris causa pelas universidades de Madrid (1922) e Toulouse (1923). Fundou o "Jornal de Ciências matemáticas astronómicas" (1877) e os "Anais científicos da Academia Politécnica do Porto" (1905). Publicou um sólido e actualizado Curso de Análise Infinitesimal (1887-1892) e uma História das Matemáticas em Portugal (1934). Gomes Teixeira é um dos vultos mais eminentes da Matemática em Portugal, com uma extensa e valiosa obra de investigação no campo da Análise e da Geometria. Preocupado com o isolamento da ciência portuguesa (de que o caso de Daniel da Silva (1814-1878) foi exemplo com contornos dramáticos, que Gomes Teixeira acompanhou), desenvolveu numerosos contactos pessoais e epistolares com prestigiados matemáticos do seu tempo. As Obras sobre Matemática de Gomes Teixeira foram publicadas por ordem do Governo (Coimbra, 1904-1915). O seu monumental Tratado das Curvas, premiado pela Academia das Ciências de Madrid (1900) e, em versão desenvolvida e em língua francesa, pela Academia das Ciências de Paris (1917), é ainda hoje uma das mais importantes obras de referência no mundo sobre a teoria clássica das curvas, tendo sido reeditado em Nova Iorque em 1971 e em Paris em 1995.

5 - JOSÉ LEITE DE VASCONCELOS

Nasceu no seio de uma família aristocrata na aldeia vinhateira de Ucanha do concelho de Tarouca, a 7 de julho de 1858. Era filho de José Leite Cardoso Pereira de Melo e de Maria Henriqueta Leite de Vasconcelos Pereira de Melo.[1][2]

A infância e a adolescência foram passadas num meio rural rico em testemunhos históricos, que desde cedo despertaram o seu interesse pela observação das tradições e dos costumes locais, anotando as suas experiências em pequenos cadernos. Deixou a Beira aos 18 anos para trabalhar no Porto, num liceu e num colégio, assim ajudando ao sustento da família e assegurando os seus estudos no Colégio de São Carlos e, mais tarde, na Escola Médico-Cirúrgica do Porto.[1][3]

6 - ARMANDO FIGUEIREDO DE LUCENA

Nasceu em 23 de setembro de 1886, em Sernancelhe. Cursou pintura na Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde veio a ser professor de Pintura em 1952/1956.

Foi presidente da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Pintor ar-livrista, estreou-se em 1914 com “Campos Floridos”, “Seara” e “Tarde de Outono”, paisagens da sua terra natal.

Intimista, afastado da dinâmica do modernismo, no fim da vida notabilizou-se como articulista com uma crónica semanal no “Diário de Notícias”. Como pintor obteve a medalha de ouro na Exposição Ibero-Americana de Sevilha e a primeira medalha em Pintura na Sociedade Nacional de Belas-Artes. Está representado no Museu Nacional de Arte Contemporânea. Como historiador de arte publicou, entre outras obras, “Artes Populares”, “Usos e Costumes Portugueses” e “Sequeira na Arte do seu Tempo”, que lhe valeu o prémio José Figueiredo. Morreu em Lisboa no dia 25 de Abril de 1975.

7 - ANDRÉ BRANDÃO DE ALMEIDA

Nasceu a 5 de Abril de 1978. É Mestre em Medicina Dentária pela Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa e foi bolseiro Erasmus na Universidade de Barcelona onde realizou estágios clínicos no Hospital Odontológico de Barcelona e no Institut Català de la Salut.[1]

Tem um mestrado executivo em Gestão de Unidades de Saúde pela Católica Porto Business School da Universidade Católica Portuguesa, possui vários cursos de pós-graduação na área do Direito da Medicina: responsabilidade médica, segredo médico, direito da investigação clinica e consentimento informado, todos pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e um curso pós-graduado em Comunicação Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa.

É membro associado da Sociedad Española de Cirugía Bucal, onde concluiu o Curso SECIB de Cirugia Bucal e exerce a sua prática clínica exclusivamente em Cirurgia Oral.[2][3]

Foi impulsionador do Serviço de Medicina Dentária da Unidade de Saúde da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no Bairro da Liberdade em Lisboa, onde iniciou a sua prática clínica.[4][5]

A Unidade de Saúde da Liberdade nasceu num dos bairros mais problemáticos de Lisboa, onde atende uma população de cerca de 7500 pessoas, muitas delas indocumentadas e onde predominam idosos, desempregados com carências socioeconómicas graves e onde estão disponíveis para toda a população, consultas e tratamentos de várias especialidades, incluindo a Medicina Dentária, de forma completamente gratuita.[6][»

Abílio/agosto/2022

 

 

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.