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segunda, 22 janeiro 2018 13:40

UM BENEMÉRITO DOS BOMBEIROS DE CASTRO DAIRE...com um cheque de 4.000€

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Padre arguido «estava sempre a pedir dinheiro».

 


Investigado desaparecimento de peças da paróquia do Santo Condestável
 
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"Quando soube o que se passou não me surpreendeu." Assim reagiu Cristina Silva, paroquiana do Santo Condestável, em Campo de Ourique, à notícia avançada quarta-feira pelo jornal "Público" de que está a ser investigado o furto de arte sacra na paróquia, pela Polícia Judiciária, e que o caso tem como arguido o anterior padre, António Teixeira. À porta da igreja, que frequenta há 55 anos, avançou logo que sempre ouviu "rumores".

"Sempre ouvi rumores de que as suas atitudes eram pouco corretas. Estava sempre a pedir dinheiro, dizia que no saco das esmolas, dos peditórios das missas, só apareciam botões", contou. Lá dentro, as palavras foram parcas, porque "os esclarecimentos são para dar pelo Patriarcado e pela Polícia Judiciária", atirou uma das voluntárias no acolhimento paroquial.

Dentro do templo, estavam muito poucos fiéis e a maioria não quis falar. Apenas um, que não deu o nome, referiu que "isto pode ser tudo o resultado de tricas".

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O  novo pároco, Luís Almeida - em Santo Condestável desde outubro - não estava e não respondeu a outras tentativas de contacto.

Da igreja desapareceram várias peças, como paramentos, toalhas, castiçais, uma taça de prata dourada ou imagens do século XVIII, a partir do momento em que o anterior padre assumiu aquela paróquia em 2015.

O "Público" avançou que, segundo uma fonte próxima daquele pároco, as peças teriam sido vendidas a um antiquário para financiar as obras da casa paroquial e que havia faturas das transações. E acrescentou que outras peças terão ido parar ao lixo por estarem degradadas.

O JN tentou falar com o padre António Teixeira, que saiu do Santo Condestável em janeiro de 2017, mas sem êxito.

O Patriarcado esclareceu que "em março de 2017 chegou a informação do desaparecimento de várias peças de arte sacra na referida igreja" e que "imediatamente se determinou que o caso fosse apresentado à Polícia Judiciária". Adiantou ainda que, nessa altura, "o sacerdote em causa já tinha sido substituído, a seu pedido, no final do mês de janeiro, não desempenhando atualmente qualquer cargo pastoral". De janeiro até outubro, Santo Condestável esteve entregue a um administrador paroquial. Entretanto, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que assinou o prefácio do mais recente livro do padre António Teixeira, apresentado em dezembro, já disse que estava "surpreendido e chocado". "Não corresponde à ideia que tinha dele", afirmou.


NOTA: copiado e adaptado do «JORNAL DE NOTÍCIAS» online com partilha no Facebook

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.