PRIMEIRA PARTE
(EXTRAÍDO DO FACEBOOK BOMBEIROS)
«É muito bom iniciar-mos assim, reconhecidos, 2018"
Hoje recebemos a visita de um cidadão que tem as suas raízes no nosso Concelho. O reverendíssimo Sr Padre António. Apesar de não o imaginarmos, esta visita aconteceu com um propósito muito nobre, ofertar-nos o valor até ao momento conseguido com a publicação da sua obra literária: "Palavras da Palavra". Essa tem como "patrocinador" do prefácio SUA EXCELÊNCIA o Excelentíssimo Sr Presidente da República Dr Marcelo Rebelo de Sousa, tendo também sido apresentada pelo Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses Jaime Marta Soares.
Mais importante que o valor do dinheiro é o conforto e a alegria com que nos preenchem actos desta dimensão e nos motivam para que todos os dias do ano prossigamos a nossa importante missão.
Em nome dos orgãos sociais e do Corpo de Bombeiros o nosso muito Bem HAJA»
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SEGUNDA PARTE
Mas, como o povo diz, não há bela sem senão. E José Esteves mais as 149 pessoas que se apressaram a colocar o se «GOSTO» (e muito bem) em sinal de apreciação de tal gesto humanitário, devem ser informadas também do perfil deste benemérito plantado no Google, a fim de melhor aquilatarem do seu valor. Pois há «beneméritos & beneméritos», uns recebem os «agradecimentos» e outros, ou lhe arrastam o nome pela lama ou silenciam a forma generosa como dedicaram anos da sua vida procurando fornecer uma FONTE DE RECEITA para a Associação e, com isso, contribuir para o desafogo financeiro a que, por regra, está condenada, não fora os subsídios anuais dispensados pelo Município. Eis, pois, o que podemos extrair do Google, acerca de tal benemérito:
«Ex-pároco de Carcavelos investigado pela PJ com fiéis a perguntar “quem quer e porquê tramar o Padre António Teixeira”
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O Padre António Fernando Teixeira, ex-pároco do Estoril e de Carcavelos, que está a ser investigado pela PJ pelo alegado descaminho de arte sacra da paróquia do Santo Condestável, em Lisboa, que terá vendido a um antiquário para realizar obras na casa paroquial, poderá vir a ser acusado pelo Ministério Público do crime de abuso de confiança, apurou Cascais24.
António Teixeira está a ser investigado, em sede de inquérito, pelo alegado desaparecimento e/ou descaminho de artigos de vários géneros, desde vestes religiosas (paramentos) a material usado para ornamentar o altar, como toalhas e castiçais e, ainda, de uma taça de prata dourada com pedras preciosas e imagens do séc. XVIII.
Também o advogado João Ferreira, um dos consultores jurídicos de Cascais24, é de opinião, pelos dados vindos a público, de que “no mínimo, trata-se de um caso de alegado abuso de confiança”, atendendo a que “o padre terá investido os proventos obtidos em melhoramentos na casa paroquial, que é pertença da própria Igreja”.
“Não podemos, de forma alguma, classificar o caso como um furto, mas sim como abuso de confiança, previsto e punido pelo Artigo 205 do Código Penal, com pena de prisão até 3 anos, uma vez que os bens alegadamente desviados estavam à sua guarda, à sua responsabilidade, por lhe terem sido entregues pela Igreja”, explicou João Ferreira, salvaguardando, contudo, que “a pena de prisão prevista pode ir também aos 8 anos, caso o valor dos bens seja consideravelmente elevado”.
Para o causídico João Ferreira, ao qual Cascais24 pediu uma opinião jurídica sobre o caso, “o padre pode vir também a ser alvo de um processo a nível da própria Igreja, por ter tomado a iniciativa sem autorização, por exemplo do Patriarcado”.
Também o antiquário pode vir a ser acusado do crime de recetação e constituído arguido no inquérito em curso na Polícia Judiciária (PJ)
O Patriarcado foi informado em março do desaparecimento das peças, tendo “determinado que o caso fosse apresentado à Polícia Judiciária”.
O Padre António Teixeira foi prior da Igreja de Santo António do Estoril e de Nossa Senhora dos Remédios, em Carcavelos.
Foi a seu pedido que, em julho de 2015 deixou a paróquia de Carcavelos, onde fora pároco desde outubro de 2011, embora houvesse quem atribuísse a sua saída a cartas e SMS anónimos. Ele próprio o revelou e confirmou, na altura, em entrevista ao semanário “Cascais/Algés”.
Tomou posse na Igreja de Santo Condestável a 4 de outubro de 2015, numa missa presidida pelo Bispo D. Joaquim Mendes e a 10 de julho de 2016 comemorou o 25º. Aniversário da sua ordenação sacerdotal numa missa de ação de graças presidida pelo cardeal Patriarca D. Manuel Clemente.
Entretanto, na sequência da investigação foi afastado de Santo Condestável e, atualmente, celebra missa na Madorna.
Durante a sua passagem pelas paróquias do concelho de Cascais, o padre António Teixeira lançou três livros, um deles em abril de 2015 com prefácio do atual Presidente da República, intitulado “Igreja: Um Sonho, Uma Paixão”.
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Em dezembro último, o padre António Teixeira lançou na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, o seu quarto livro, intitulado “Palavras da Palavra”. A apresentação esteve a cargo do Presidente da Câmara, Carlos Carreiras que, perante um auditório repleto de amigos e admiradores do religioso, destacou a sua passagem pelas paróquias de Cascais e a influência que exerceu em milhares de paroquianos.
O livro, mais uma vez prefaciado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é uma edição de autor que pode ser adquirida através de uma página criada no Facebook pelo religioso e cujas receitas revertem para os Bombeiros de Castro Daire.
Chocado
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se “surpreendido e chocado” com as notícias da investigação ao padre António Teixeira, que conhece há vários anos.
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A verdade, no entanto, é que tudo indica que o padre António Teixeira também conquistou muitos inimigos. “É possível que tenham inveja do trabalho que tem desenvolvido”, comentou um paroquiano, segundo o qual “o importante é saber-se quem e porquê o quer tramar”.
Admirador do Papa Francisco, o padre António Teixeira defende uma igreja de portas abertas que “não busca honras nem privilégios” nem se deixa cair numa “fé de supermercado”.
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Nota: texto amplamente ilustrado, o leitor amigo e interessado em saber quem serve as instituições ou quem se serve delas, por acção ou por omissão, pode ir ao Google e ver a crónica completa. O saber não ocupa espaço, mas, por ocuparem espaço, não publiquei aqui todas as fotografias de tão ilustre benemérito & companhia. Coloquei somente as necessárias, incluindo aquela onde ele posa em Castro Daire, na entrega do cheque. E, dito isto, já que a minha carta ficou sem resposta por parte do Presidente da Direcção dos Bombeiros, João Cândido da Silva Henrique, e do Comandante, Paulo Matos, posso perguntar ao tesoureiro, que faz parte dos órgãos sociais: o cheque não era careca?
Abílio/1201/2018