Trilhos Serranos

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segunda, 24 junho 2013 12:50

PINHEIRO DE S.JOÃO

Escrito por 

PRIMEIRO

P'ra que toda a gente veja
O pinheiro de S. João
Esta velha tradição
Que se mantém em Fareja

Esta quadra, que figura, anónima, no painel de azulejos colocado na sede da Associação Recreativa e Cultural de Fareja, é da minha lavra e sintetiza uma velha tradição desta aldeia.

Ontem, dia 23 de Junho, cumpriu-se, mais uma vez, parte dela. Foi a «erguedela do pinheiro». Essa tradição está dividida em três partes, que são a) corte, derrube e transporte do pinheiro; b) descida do pinheiro velho; c) erguedela do novo. Toda ela consta no Youtube, em três vídeos que lá coloquei. Neles poderá o leitor «admirar» o volume do pinheiro e as técnicas artesanais utilizadas na tarefa.

Ver isso tudo e também identificar as pessoas e os «políticos» que, nos anos de eleições, não perdem a oportunidade de ir «ajudar a puxar às cordas». Já lá vi vários, ao longo dos anos. Desta vez, muito esforçado, apareceu o senhor Luís Alberto Aveleira, de Cetos, o candidato a presidente da Câmara de Castro, pelo PSD. Ele e sua equipa. Muito acarinhado pelos elementos ligados ao evento, sempre a rodeá-lo e a desfazerem-se em sorrisos, tenho cá para mim a ideia de que, nesta terra, o senhor Fernando Carneiro, cabeça de lista do PS, perdeu a jogada.

De resto, execução do projecto de requalificação em torno da capela de S. João, o calcetamento daquela eira, ao lado do templo, sem préstimo algum, dinheiro gasto inutilmente, com os carros a entupirem constantemente a rua, em frente e ao lado da capela, com um espaço vazio e inútil a apanhar sol, vai ser levado em conta pelos eleitores. E um deles sou eu.

EIRA-E-CARRO-690

 

Mas sobre o candidato Luís Alberto da Costa Pinto (dito Aveleira, apelido de família) remeto para o comentário que já fiz na página que o «Notícias de Castro Daire», tem no Facebook. É que para defender a investigação e divulgação da nossa história, costumes e tradições, não basta, em tempos de campanha eleitoral, pôr as «mãos nas cordas e esticar» e impar de força. Isso resulta de uma atitude de cidadania, assumida de forma permanente e consequente, e não apenas em momentos que revelam apenas o interesse pessoal imediato, de momento, ainda que legítimo e necessário em DEMOCRACIA.

SEGUNDO

ELEIÇÕES/CANDIDATOS

Creio ser a  altura do senhor Luís Aveleira me informar por que razões não mandou editar um docomentário histórico que fiz em DVD sobre a aldeia de Cetos, há um par de anos atrás. Incluía uma entrevista em que ele era protagonista e explicava como imaginou e construiu uma mota com o motor de uma «R4», uma explicação que dava sobre a festa da «Levada» e aspectos históricos e urbanos da aldeia.

A meu pedido, foi visioná-lo em minha casa e  disse que gostou muito, que estava muito bem feito e ficou de dar-me uma resposta posterior, sobre a sua edição, partindo dali seguro, como lhe afirmei, de que o meu trabalho  era «grátis». Ele e os responsáveis pelas instituições da terra, só teriam de pagar a sua reprodução ao fotógrafo, pois eu não tinha equipamentos para fazê-lo.

A resposta nunca veio, o que estranhei bastante, já que o assunto tinha sido tratado entre duas pessoas ADULTAS. E como não  se tratava de POLÍTICA, mas tão somente de investigação e divulgação da história, da cultura e das gentes do Montemuro, estranhei muito esse comportamento, parece-me oportuno e justo perguntar agora ao candidato a Presidente da Câmara de Castro Daire, LUIS ALBERTO AVELEIRA, o por quê dessa sua atitude insólita e inesperada, depois de toda essa nossa conversa.

Claro que, passado o tempo suficiente, na ausência de qualquer resposta sua, expurguei as intervenções do senhor Luís Alberto tinha na narrativa e entreguei uma  versão reduzida ao gerente da Papelaria Aguarela, que editou o DVD, proporcionando assim às gentes de Cetos, em particular, e pessoas em geral, conhecer  um pouco mais da História da aldeia e das gentes do Montemuro.

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.