Trilhos Serranos

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domingo, 30 abril 2017 16:30

A GRANDEZA DA ARTE MINIATURAL

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HISTÓRIA VIVA

Uma das minhas preocupações pedagógicas, enquanto professor que fui, era espevitar nos meus alunos a imaginação e a criatividade, levando-os a aplicar os conhecimentos adquiridos a situações novas com que tivessem de enfrentar-se no decurso da vida.

 

1-RED

Tenho sido um divulgador entusiasta do que de novo se vai fazendo por Castro Daire, de modo a dar a conhecer ao mundo que a imaginação, criatividade e arte não são exclusivas dos meios urbanos e que todo 3-REDo ser humano, independentemente das origens sociais ou quadrante geográfico em que viva, não está tolhido de se exprimir ARTISTICAMENTE, seja na música, nas letras e/ou artes plásticas, subindo na escala do folclore histórico que nos remete para os tempos longínquos, aqueles tempos em que o camponês praticava e vivia exclusivamente da  ESCRITA BUSTROFÉDON.6-REDZ

De Castro Daire já falei de tudo um pouco, quer escrevendo, quer filmando e comentando os vídeos que alojei no Youtube, autênticos CARTAZES TURÍSTICOS concelhios. Basta observar o número de VISUALIZAÇÕES que alguns deles tiveram. 

Já referi nos meus livros, designadamente em «Lendas da Cá, Coisas do Além», a arte da minha esposa, MARIA MAFALDA MATOS LANÇA CARVALHO, e muito injusto tenho sido para com ela não me ter referido mais assiduamente às suas qualidades de professora, de mãe, de artista, defensora e admiradora da natureza e dos animais, muito antes de surgirem os seus acérrimos defensores, organizados em Partidos e Movimentos.. Não havia postal no mercado com um «gatinho» que ela deixasse no escaparate.

 Disso me penitencio.

8-REDZAdmirador e apreciador de todas essas qualidades, adquiri uma pasta destinada a acondicionar toda a sua produção artística resultante da paleta, pincel e lápis de carvão. Recentemente num baú esquecido nos cantos da casa fui encontrar as relíquias miniaturais que ilustram esta crónica, para orgulho dos meus e seus filhos, netos e ex-alunos a quem, segundo sei, ela entregava a AVALIAÇÃO dos testes com um desenho ou pintura, como me foi dito há dias, ocasionalmente, por uma ex-aluna sua.

Para a descoberta de tais relíquias miniaturais contribuiu a curiosidade dos meus netos que um dia, cá em casa de férias, fixando-se no baú, mostraram desejo de saberem o que continha, perguntando se «havia ali um TESOURO», seguramente influenciados pelas imagens dos DESENHOS ANIMADOS.

12-REDZNa altura fiz-lhes a vontade, abrimos o baú e o mais que vimos foram roupas e chapéus que a minha esposa, em vida,  resolveu guardar ali. Mas voltando lá sozinho, pesquisando por conta própria, encontrei uma "lata" antiga, cuja tampa  me apressei a fotografar (foto 1) bem como o seu recheio (foto 2).

Feito isso, seguiu-se a obrigação de fotografar cada peça em separado e, colocadas junto de uma régua graduada para termos uma noção de escala e de grandeza, eis como em poucos centímetros se faz arte.

É isso. Não anda agora para aí uma artista de renome, com muita fama, que faz tudo agigantado? Pois eu aqui deixo o que a minha esposa deixou em miniatura, a par de outras peças que os meus e seus filhos e netos muito apreciarão quando delas tiverem conhecimento e a noção esclarecida da sua GRANDEZA

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.