O senhor adulto é José Lopes do Rego e o o menino, então empregado no escritório da CERÂMICA que produzia os tijolos e as telhas que vendia nas redondezas, o meu amigo Pedro Antunes, um colega que conheci em Moçambique, no Externato Marques Agostinho, ali ambos agarrados aos livros, esses sim, os «tijolos» que construíram o nosso futuro.
Após o LICEU seguimos rumos diferentes. Ele optou pelo DIREITO. Veio para Coimbra, formou-se nessa área do CONHECIMENTO, seguiu a carreira da Magistratura e jubilou-se na categoria de MERITÍSSIMO JUIZ DESEMBARGADOR. Um amigo de longa data.
Eu, formei-me em HISTÓRIA, segui a carreira DOCENTE e, conjugando o ensino com a investigação, acabei por publicar alguns livros sobre a MATÉRIA INVESTIGADA e, por via disso, subi ao pódio do «Discovery & Science» de NOTÁBLE PEOPLE, (disponível no Google), para honra dos amigos, dos professores e das instituições que me formaram.
Retornados de MOÇAMBIQUE, ele a correr os Tribunais do País, a fazer pela vida e a subir na carreira profissional que escolheu e eu a fazer o mesmo, nunca perdemos o contato, graças às nossas esposas que também amigas eram. A minha faleceu. A dele ainda vive.
É em nome dessa amizade DURADOURA que faço este APONTAMENTO. Talvez ele valha algo para os nossos filhos, netos e gerações futuras, em geral, cientes de que as AMIZADES não têm preço, nem distâncias.
Resta dizer que, nesse rol de amizades entra a Drª Lucília Rego, minha distinta colega e amiga, filha do senhor José Lopes do Rego, viúva do Dr. Arménio de Vasconcelos (outro comum amigo) que, procedendo à arrumação dos seus arquivos, encontrou a foto do Pedro, ainda menino, ao lado do seu pai, e apressou-se a enviar-lha pelo correio eletrónico, segura de partilhar com ele a marca de um tempo e de uma idade. E ele partilhou-a comigo, certo também de que eu não ficaria indiferente a todos estes ELOS AFECTIVOS que fazem de nós SERES HUMANOS, SERES DE MEMÓRIAS com trajetória de vida.