No dia 11 do corrente coloquei no meu mural do Facebook o seguinte texto, a propósito da baderna ocorrida em Brasília com o assalto aos edifícios dos TRÊS PODERES
PRIMEIRA PARTE
CAGADO DE MEDO
Fugiu para os ESTADOS UNIDOS e…tadinho, por causa de uma facada, há muito tratada, agora não caga. E como os médicos americanos não o “acompanharam” nisso, está resolvido a retornar ao Brasil para tratar dos intestinos e fazer mais merda.
22 Maria Lizeta Pereira, Ramalho José e 20 outras pessoas
COMENTÁRIOS:
Bártolo Ferreira - Pois, professor Abílio, este seu comentário presta-se para a risada, no entanto o caso é sério (não o que envolve a pessoa, por que essa já deu provas do que vale, quer dizer, nada), mas o que se prende com a situação política vivida naquele país nos últimos dias. Felizmente parece que a situação está sob controle com o legítimo governo a tomar as necessárias medidas para a imposição da ordem. Tratando-se dum país de dimensão continental e com um bom nível económico no conjunto das melhores economias mundiais, já se vê que se aquilo descamba para o torto vai ser um "Deus nos acuda". E a acrescentar ainda que se trata dum país de língua portuguesa
Abílio Pereira de Carvalho - Claro, amigo Bártolo, com o humor necessário. E tratando-se de um país de LÍNGUA PORTUGUESA eu bem podia ter usado umas “palavrinhas” mais ao sabor erudito, mais de salão, de acordo com o meu estatuto de PROFESSOR. Por exemplo: o ”fugitivo, por causa da facada, não “obra” - coitadinho - e, por isso, resolveu tornar ao Brasil, para apreciar tudo aquilo que os seus amigos “obraram”.
José António Neves - O regresso para não correr o risco de ser deportado ou extraditado...
SEGUNDA PARTE
No dia seguinte, dado a forma humorística como o «post» foi recebido pelos meus amigos, resolvi acrescentar outro baseado numa «estória» antiga. Assim
CAGAR OU OBRAR
No meu último comentário posto neste mural, usei, intencionalmente, os verbos que constam dos nossos DICIONÁRIOS. Isso porque me lembrei de uma “estória” contada por um cunhado meu, também ele PROFESSOR, ipso facto (vejam bem, puro LATIM!) obrigado a conhecer e a ensinar a LÍNGUA PORTUGUESA.
O caso foi que o filho de um lavrador de província chegou à Universidade e formou-se em MEDICINA. Mas durante os estudos verificou que os professores e alguns colegas seus nascidos e criados nas cidades, usavam “verbos” de grafia diferente com o mesmo significado e ligados à mesma função intestinal.
Na aldeia sempre ouvira dizer “CAGAR” e ali, na Universidade, diziam “OBRAR”, e “EVACUAR”, DESCARREGAR…ARRIAR O CALHAU, etc.
Resolvido a defender a fluente LÍNGUA POPULAR jurou que quando exercesse a profissão e tivesse de referir-se ao caso, falaria tal qual como o POVO e não como os académicos. Que mais não fosse por rebeldia. Vivó POVO! Os médicos da laia de Che Guevara só chegariam muito mais tarde.
Aconteceu, de facto, ser chamado a ver uma senhora doente, deitada numa cama com dossel, estilo D. João V, uma senhora de classe, dita “de sociedade”, que se queixava de dores de barriga e muito inchada. Face ao que o médico lhe perguntou:
- Já cagou, hoje?
- Ó senhor Doutor, nós dizemos obrar.
- Sim, mas é cagar ou não é cagar? Já cagou?
- Ó senhor Doutor, também dizemos evacuar.
- Sim, mas é cagar ou não é cagar. Já cagou?
- Não, senhor Dr., ainda não caguei.
- Então mande buscar esta mezinha à botica e, se Sua Senhoria, depois de tomá-lo, continuar sem cagar, eu terei de ver isso melhor. De alguma coisa me deve ter servido a leitura de livro do povo "CAGA CAGATORUM. Do Povo em geral, ou do povo galego ou galénico?
Passada a receita, o médico saiu e a senhora dona foi imediatamente as níveas nádegas no penico e, impando, disse de si para si:
- Mas que merda de doutores saem agora da Universidade! E esta do latinorum até me dá vomitorum.
13 Maria Lizeta Pereira, Celestino Pereira e 11 outras pessoas
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