segunda, 09 janeiro 2023 13:06
Escrito por
Abílio Pereira de Carvalho
GENTE DA TERRA - DR. PIO CERDEIRA D'OLIVEIRA FIGUEIREDO (2)
DA MORALIDADE DOS “CENTAVOS” À IMORALIDADE DOS “MILHÕES”.
Na crónica anterior aludi à BROCURA de 16 páginas, elaborada e vendida por “TRINTA CENTAVOS” cada exemplar, pelo Dr. Pio Cerdeira d’Oliveira Figueiredo, “oficial do Registo Civil de Castro Daire”.
Aludi, igualmente, ao processo de distribuição e venda usado pelo autor, no sentido de, sem o markting comercial dos dias de hoje, ser prestável aos seus pares e mais funcionários do Registo Civil, explicando a forma como APLICAR a nóvel TABELA de EMOLIMENTOS, de 5-2-1920.
Aludi ainda aos BILHETES POSTAIS e CARTAS que ele recebeu a solicitarem-lhe a remessa dos exemplares desejados em cada Repartição e esclarecimentos necessários, incluindo as diferentes interpretações que sobre alguns números e artigos da TABELA faziam alguns daqueles que tinham a responsabilidade de aplicá-la. Resultando daí que, neste primeiro quartel do século XXI, possamos aferir do valor fiduciário e moral dos CENTAVOS, a par da imoralidade dos MILHÕES de EUROS, de agora, ligados aos nossos governantes.
Exemplo? Ali, naquela cidade, em BEJA, onde D. Henrique d'Azevedo Faro de Noronha, nobre cidadão de Mões, foi “GOVERNADOR SOB O REGIME LIBERAL”. Eu próprio, um plebeu natural de Cujó, ali residi durante DOIS ANOS, a fazer o estágio profissional docente. E dali, graças ao saber e empenho público do Dr. Pio Cerdeira de Oliveira Figueiredo, de Castro Daire, licenciado en Direito, me chegou, agora, matéria política-administrativa cabonde de reflexão sobre as leis em vigor no país em tempos idos, cujos protagonistas, então, discorriam e se batiam por escrito, sobre a MORALIDADE da moeda corrente em “REIS” e “CENTAVOS”, diferentemente dos tempos que correm em que só se fala da IMORALIDADE de MILHÕES e BILIÕES de “EUROS”, ligados a banqueiros, empresários, políticos e governantes. Tudo à custa de nós PAGANTES.
Publicado em
Crónicas
Abílio Pereira de Carvalho
Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.