GLÓRIA À UCRÂNICA!
Glória à valentia do povo que, pés na terra, no solo e debaixo dela, sem RAMBOS, sem SCHWARZENEGERS, nem VAN DAMES, heróis de cinema, rostos austeros, gestos treinados para a narrariva bélica de ficção, nos mais variados planos, bem pelo contrário, os ucranianos, pés no chão do solo pátrio, comandados por um artista, ZELENSKY de seu nome, um jovem comediante de televisão, riso rasgado, alegria transbordante, chegado ao comando, à governação, por eleição, ele, face à guerra, olha-se ao espelho, vê-se mudar de feição e, governante/combatente, em união com o povo que o elegeu, com a sua gente, um HERÓI do nosso tempo, faz frente ao urso russo, à covardia disfarçada de valentia, naquele andar de pêndulo sobre alcatifas, entre paredes douradas de imperadores e czares, olhos de doninha, luzentes e fugitivos, tique identificador do predador que, atua mais de noite do que de dia, aquele que envia pelo ar os velozes mísseis-cruzeiro que, para frustração sua, tantos, nem segundo, nem primeiro, quantos? caem na rua, afocinham no chão e, por obsoletos, ali ficam como espetos.
E onde aterram enterram a cobardia que carregam.
Mas não é assim com os demais. Outros, com diferente carga, atingem o alvo e deixam a marca no edifícios e nas gentes que se abrigam contra os rebentamentos. Os céus alumiam-se na noite escura. A noite torna-se dia, basta, para fanto, a cobardia atingir uma qualquer refinania. É a devastação. Para quem, à distância, vê na televisão parece a batalha final.
E o Presidente da Câmara de Kiev, a dar a cara à cidade, informando-a e incutindo-lhe o ânimo de vida com a expressão: GLÓRIA À UCRÂNIA. E o Presidente à oferta de proteção para sair, returquir: "eu preciso é de munições e não de um taxi", a fazer lembrar Cipião, o Africano, que tropeçando nos areais de África no momento desembrque, desfez o mau presságio dizendo em voz alta para moralizar as tropas: "África, tenho-te nas mãos". É isso, ainda há homens, ainda há governantes e autarcas no mundo de hoje com espírito e coragem.
E o louco, para quem o muito é sempre pouco, indiferente aos danos humanos colaterais, quer sempre mais, manda seguir em frente. É da sua natureza, é do seu instinto, é o seu destino. É fatal. E o clarão que alumia o céu, aquele que vejo na televisão, desperta em mim visão da batalha final, o Armagedão, o Bem contra o Mal.
Há refugiados, mulheres e crianças, novos e velhos, como em todas as guerras. Mas, diz o povo, “não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe”.
Assim diz o povo e assim penso eu. E tenho a esperança de que, as palavras e as lágrimas daquela criança refugiada na cave, dizendo “só espero que isto acabe”, por impressionantes que são, uma criança que, de política, de paz e de guerra, nada sabe, ali, debaixo da terra, naquela cave, que aquelas lágrimas cheguem aos corações dos invasores e da turba de oligarcas que rodeiam o LOUCO, o tal, de andar pendular, olhos de doninha, um só deles que seja, ou todos mancomunados, com todos os seus custos, deem vida à frase morta: “até tu, Brutus?”.
E, enfim, depois disso, era uma vez PUTIM, que passou à HISTÓRIA, não como Átila, o Flagelo de Deus; não como Ívan, O Terrível, mas tão somente como DITADOR, como TIRANO, o agente da secreta que ficou LOUCO.
VÍDEO https://www.youtube.com/watch?v=ZTUW5z4QshM
