Atravesssei o QUELHO DO PASSAL, carreiro estreito, sempre a subir, ladeado por um muro de socalco, bem alto, feito com pedras onde não entrou régua nem esquadro. Pedras toscas mordidas a picada grossa, ainda que, nelas, separadas, figure a data de 1779, cujo significado ignoro, tal como tais datas ignora a maioria dos castrenses (gente esperta) que por ali passa com frequência, segundo indagação minha, posterior à descoberta.
Cheguei ao topo do monte e de frente, de fronte, como sempre, deparo com a Igreja Matriz. Só que desta vez, para sobremesa, eu teria uma surpresa a espevitar-me o nariz.
O sol espreitava por detrás da TORRE SINEIRA, através da janela. E eu, buscada a posição certa, pela vez primeira, mais não fiz que meter a mão na algibeira, puxar do telemóvel e zás, fixar o momento e fazer o documento que aqui deixo em duas posições, com as cores e a hora exata. Num só instante, fixei a minha deliciosa SOBREMESA de hoje, fora do RESTAURANTE. Enfim, o momento em que Sol brilha só para mim.