Era dos foguetões,
Das grandes interrogações
Da Humanidade
Sobre o seu lugar no espaço.
A fantasia a par e passo
Com a realidade
Caminham juntas
E por, toda a parte,
Na ciéncia, na cultura na arte,
Um fracasso, uma certeza,
Uma vitória. Muitas perguntas.
O homem vai à Lua e manda sondas a Marte. Multiplica as aventuras, muda o rumo à História e a força da ciência esbate na memória a palavra das Escrituras. Os profetas antigos não são mais ouvidos e no que concerne à verdade dos planetas e estrelas mil que pintalgam da abóbada celeste, Norte a Sul, Este a Oeste, um só profeta se faz ouvir e seu nome é Júlio Vern
Década de setenta. Século vinte. Era dos foguetões em busca de novos mundos novos céus. O mundo não é mais a terra dos Hebreus, a Europa, a África, a América, a Ásia, a Oceania, a Antárctida. A Terra torna-se Lua e a noite torna-se dia. O bonão acredita mas a grande bola que à volta do Sol gravita é só um pontinho igual a tantos outros dispersos na gramática sideral. Gramática sem a qual, enfim, o livro do Universo por vasto que seja o saber jamais se poderá ler, mesmo sabendo-se grego e latim. Glória...glória...glória ao sonho etéreo dos Romeus apaixonados pelo firmamento, sonho de todos os Galileus, homens de ciência e de pensamento.
Nota: publicado há anos na imprensa e no meu velho site (.com) . Migrado hoje mesmo para este NOVO SITE ( ".pt")