Uma vela é sempre uma vela, apagada ou acesa, na escuridão. A uns inspira crente e sentida oração, mas outros somente vêem nela, aquela tremulente luz singela que no escuro lhes alumia o caminho inseguro da vida e os livra de tropeção aziago, descuidados, na sua lida, a contarem as estrelas da luminosa estrada se Santiago. Uma vela. Uma simples vela. Mas a chama dela e o escuro que a rodeia, unem misteriosamente Céu e Terra, à luz de quem olhe e leia.
Abílio/Julho/2013
quarta, 31 julho 2013 21:19
Escrito por
Abílio Pereira de Carvalho
VELA
Publicado em
Poesia
Abílio Pereira de Carvalho
Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.