São o registo de um momento
Encantado com a paisagem
Vista da minha janela
Esse espaço de passagem
De dentro para fora
Que um fugaz pensamento
Reteve e não deixou ir embora.
Lá fora, no meu quintal
A natureza
No seu habitat natural
Mostra a sua alegria e beleza.
E no parapeito da minha janela
Num vaso prisioneira
Mas igualmente bela
Vislumbro (sem ela o dizer)
Alguma melancolia e tristeza
Na begónia cheia de cor
Ou, sei lá, cheia de dor
Por prisioneira ser.
Dor que a atormenta
E estoicamente aguenta
(Uma eternidade)
Sem úis, nem ais
Para seu bem ou seu mal
A ver a liberdade
Das suas iguais
Lá fora, no quintal.
abílio/junho/2018
abílio/Junho/2018