Daí o meu pranto
Pela morte de Rui Nabeiro
Um português
Um camponês
Dono e patrão
Empresário e irmão
Um pai
Que no tempo que lá vai
Dia a dia
Fundia
Dinheiro
Gerenerosidade,
Humanidade,
E levou
U ma simples localidade
Ao mundo inteiro.
Faleceu
Um HOMEM
Do meu gosto,
De rosto,
De palavra,
Uma pessoa
Boa
Enfim
Gente rara,
Nestes nossos «Portugais»
Interiores e litorias
Por isso, no seu fim,
Sem espanto
Neste meu canto
Junto aos demais
O meu pranto.