terça, 09 julho 2013 19:46
Escrito por
Abílio Pereira de Carvalho
CASTRO DAIRE - SINO-SAIMÃO 1
1 - «SINO-SAIMÃO», «SINO SEM MÃOS», «SANSOLIMÃO»
Alberto Correia, Inês Vaz e Alexandre Alves, no seu livro «Castro Daire», editado em 1986, após a leitura que fizeram das Inquirições de 1258, de cujo texto deixaram uma versão impressa nos «Anexos» desse livro, incluíram a actual povoação do Mesio, no concelho de Castro Daire, de então. Não é essa a minha opinião. Eles partiram do facto de nessas inquirições estarem nomeadas todas as aldeias do termo de Castro Daire que pagavam foros ao rei, entre elas o «Barial do Homízio». E foi esta designação que os levou ao erro cometido, no meu entender.
Dito isto, admitindo também que o «Barrial de Omizio», arredores dos Braços, tenha sido uma das terras foreiras ao rei que os «homens do Homicidium tinham e possuíam em Castro Daire, como património herdado dos seus avoengos», resta explicar o significado de uma enigmática coluna tosca de granito, sem função aparente, vestida de secular patine, naco de pelourinho que terá sido em tempos idos, resto de tronco propício a autos-de-fé, a que se juntou, certamente, em tempos posteriores, um cruzeiro com nicho de Alminhas, ambos sitos no topo de uma colina que se interpõe entre a vila de Castro Daire e a aldeia dos Braços e por onde passava, obrigatoriamente todo o transeunte que, a jusante da vila de Castro Daire, se deslocava, a pé ou a cavalo, à sede do concelho e fazia o retorno à sua aldeia aninhada na corda do rio Paiva.
Publicado em
Lendas
Abílio Pereira de Carvalho
Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.