terça, 11 junho 2013 17:13
Escrito por
Abílio Pereira de Carvalho
ROL DOS PARDAIS (2)
Já publiquei, neste meu espaço, a postura que vigorava da Câmara de Castro Verde, em 1680, sobre o «ROL DOS PARDAIS». Por ela vimos que cada morador da vila e seu termo era obrigado a entregar ao escrivão do município 4 pardais velhos ou 6 novos. Mais tarde eram obrigados a entregar apenas as cabeças.
Sabido isso, vejam o que, cerca de 200 anos depois, dizia o jornal «O Bejense» número 59, de 1862, com o título «Variedades» e subtítulo «Os Vereadores e os Pardais»:
«Não há postura municipal tão cruel e infundada como a que manda exterminar os pardais e outras aves sob o pretexto de que prejudicam as searas de trigo.
«Observa um correspondente que na Inglaterra se tem notado, durante os últimos anos, considerável diminuição nos pardais e em outras pequenas aves, coincidindo com esta diminuição o incrível aumento dos insectos destruidores. No condado de Kent, as produções de frutos, de vegetais e de grãos, em que abunda, foram consumidos inteiramente por diferentes espécies de pequeninos insectos, que só os pássaros podem descobrir.
Se estas aves nos fazem tão grande benefício durante dez meses, devemos fazer-lhes mal só porque nos comem algumas espigas das nossas searas?
Publicado em
História

Abílio Pereira de Carvalho
Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.