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sexta, 11 novembro 2016 14:08

ARTE FORJADA - 3

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HOMENAGEM AOS MESTRES DA FORJA, DO MALHO E DA BIGORNA

Mas retornando ao Largo Espírito Santo (Feira das Galinhas) e subindo  Rua Direita acima, desembocamos na Praça Aguilar, a Praça, onde, em 1844, foi levantada a forca para dar fim a um dos assasinos do Padre  Bizarro (liberal), um dos três miguelistas de Farejinhas que, nos arredores de Folgosa, em 1840, lhe fizeram uma espera e resolveram, ali mesmo, secar-lhe o céu da boca, de modo a que ele nunca mais fizesse um sermão,  tal como  já espliquei, pormenorizadamente,  em textos anteriores. 

 

5- Padre Germano - 1-2-REDZE é na Rua de São Benedito, em frente à capela privativa do solar brasonado que temos mais dois exemplares desta  arte em ferro.  Uma é já nossa conhecida, a da varanda do Padre Germano, a outra, cujo proprietário desconheço (fotos ao lado),  miram-se uma à outra e, mesmo que de malha e formato diferentes, não desprestigiam o mestre da forja, do malho e da bigorna que lhes deu forma e feitio. 

As varandas do solar AGUILAR, que domina a Praça e a ela deu o nome,  não têm grades. As duas que existem nas extremidades da fachada principal do edifício têm parapeito granítico fechado e a cobertura das suas amplas aberturas assenta em quatro colunas toscanas cada. Não fora o brasão pespegado na frontaria do solar a marcar a diferença das restantes moradias em redor, a arquitetura destas duas varandas bastavam para marcar a distinção. 6-Aguilar-4 - Cópia

Mas, mesmo em frente de uma dessas aberturas, temos a varanda gradeada da habitação que foi de uma das mais bem cotadas famílias, ligadas ao comércio,  da vila de Castro Daire: a família JOAQUIM FIGUEIREDO SIMÕES E OLIVEIRA,  atualmente em situação de ruínas, como bem mostram as fotos juntas.  

Descendo a rua, de costas para a Praça e entrando na rua principal, outrora chamada Estrada Real e depois  Estrada Nacional n. 2, hoje dividida em troços com vários nomes (o primeiro, ao lado do Jardim, foi a Avenida das Acácias), depois veio a ser retalhada em troços vários, com nomes de Ruas e Avenidas deste ou daquele (mais para satisfação dos desígnios dos autarcas no poder do que de homenagem às figuras e nomes das pessoas e instituições referenciadas) assim perdendo a sua identidade histórica (identidade que parece querer ressurgir com a designação de Rota Turística Nacional que liga  Chaves Faro e vice-versa), nessa via, dizia eu, temos ao lado da Farmácia Gastão Fonseca, no edifício onde atualmente está instalada a Caixa Agrícola, mais uma grade digna de nota: junto à barra de remate superior, onde os moradores assentavam os cotovelos quando se debruçavam sobre ela para verem a banda passar estão as iniciais maiúsculas "DM". Foi moradia de Daniel Monteiro e mais identificação não é preciso. Retrocedendo, uns metros mais abaixo, numa das atuais «TRÊS ESQUINAS» que antigamente foram «QUATRO» (cuja explicação deixei no meu livro «IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA EM CASTRO DAIRE-I», editado pela Câmara em 2010),  a minha máquina fotográfica fixou-se na varanda do atual « BAR ROCHEDO», casa que outrota foi da família Fráguas, contemporânea  da família  Figueiredo já acima referida.

 

8-Daniel Monteiro-1 - Cópia - Cópia

(CONTINUA)

 

 

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.