Remeti para o eventual étimo latino e a sua evolução fonética com a ajuda de um latinista, texto que se encontra publicado no meu site «trilhos-serranos».
Desta vez trago uma página do livro «Dom Egas Moniz de Riba Douro» da autoria do historiador A. Almeida Fernandes.
Com efeito, na página 392 desse livro, o autor deixa desenhado o mapa que a seguir se anexa, no qual vemos que ele escreveu «Quijó» tal qual se dizia ao tempo.
Coisas do passado, mas que convém lembrar sobretudo às novas gerações escolarizadas, muito afeitas à linguagem do Facebook e pouco atreitas a investigações deste tipo.
Mas esta crónica pretende lançar alguma especulação sobre o topónimo MANCÃO, nome dado ao monte por onde, em tempos idos, passava a linha divisória das freguesias de S. Joaninho e das Monreiras. Nesse sítio do MANCÃO existe um cruzeiro e por ele passa, actualmente, a estrada que dá acesso às Monteiras, passando ao lado da capela de SANTA LUZIA.
Acontece que junto desta capela existe uma pedra, espetada no chão, com inscrições e uma delas - a do topo - é MACO. Ora se nasalarmos o A, tal como digo num vídeo que alojei no Youtube recentemente, temos MÂCO=MANCO o que se aproxima de MANCÃO, nomes ligados aos dois outeiros fronteiriços. E se associarmos a isto tudo que todas estas terras foram pertença de D. Egas Moniz, aio de Afonso Henriques, terras siruadas entre MÕES e TAROUCA, não nos custa a crer que ele e a sua comitiva tenham passado por aqui, com o MENINO que ele criou e reza a HISTÓRIA que ele nasceu aleijado das pernas, portanto, MANCO, COXO, MANCÃO, defeito de que se livrou através do milagre ocorrido em CÁRQUERES, onde foi levado pelo Aio.
Especulação? Sim, senhores. Mas à falta de outra explicação deixo esta para os investigadores que vierem depois de mim e se dêem ao cuidado de interpelar gentes, nomes e coisas.