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quarta, 27 novembro 2024 13:48

OLARIA DE RIBOLHOS (SÓ PARA OS MAIS DESCUIDADOS, INTELECTUALMENTE DESONESTOS e POLITICAMENTE INCOMPETENTES)

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SÓ PARA OS MAIS DESCUIDADOS, INTELECTUALMENTE  DESONESTOS e/ou  POLITICAMENTE INCOMPETENTES

Presumo não haver licenciado em HISTÓRIA pela FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE CLÁSSICA DE LISBOA ligado aos «trilhos da investigação» que ignore o livro do PROFESSOR CATEDRÁTICO DOUTOR OLIVEIRA MARQUES e a sua advertência a todo aquele que pretenda seguir os caminhos da investigação. Assim:

OMARQUES-2O.MARQUES-1Vemos, à esquerda,  a CAPA e, a direita, um respigo da advertência que para aqui copio, de modo a não suscitar dúvidas, a todos os interessados pela HISTÓRIA LOCAL, pelos «quefazeres» das NOSSAS TERRAS E DAS NOSSAS GENTES:

«Antes de começar qualquer trabalho. Impõe-se ao estudioso entrar em contacto com a bibliografia existente. Para não correr o risco ou repetir investigações já feitas ou alcançar  conclusões  já apresentadas».

Ora, quem se dedica à «investigação» na área que abrange o concelho de Castro Daire, não pode ignorar que, em 1995, publiquei um livro com o título «Castro Daire, Indústria, Técnica e Cultura» (o livro garantidamente mais consultado nas Bibliotecas Escolares e B. Municipal) onde tratei «historicamente» do fabrico do «barro preto de Ribolhos». Este livro mereceu do, então, Presidente da Câmara, João Augusto Matias e do, então, Presidente da Assembleia Municipal, Dr. João Duarte de Oliveira, as seguintes e honrosas palavras, na cerimónia de lançamento promovida pelo Executivo Municipal, em 14.11.95. Assim:

PRIMEIRO



2-MATIASPÁGINA-1«(...) Imprescindível se torna avaliar costumes, danças, cantares, atitudes, crenças, ferramentas, utensílios e tudo o que constitui uma praxis específica. O concelho de Castro Daire é, neste aspeto, uma fonte que jorra abundantemente para o amante da nobre tarefa de investigar. É um atrativo para aquele que, não se contentando com meras aparências, pesquisa o que, vulgarmente, pode parecer desprezível e sem valor. O que é iluminado e orientado pelo saber académico e pela experiência nestas andanças não menospreza a observação das transformações culturais e procura, com subtileza, identificar os elementos que unem ou separam o dia-a-dia menos recente dos tempos hodiernos. Tem sido esta a atitude desse insigne investigador da História Local - Dr. Abílio Pereira de Carvalho, também bem patente em «Castro Daire, Indústria, Técnica e Cultura». (...) Ao autor e a todas as pessoas que, de algum modo, contribuíram para a realização deste trabalho manifestam o concelho e a Câmara Municipal a sua gratidão».
 (…) 
 «Castro Daire - Indústria, Técnica e Cultura» é uma obra do Dr. Abílio Pereira de Carvalho, um autor já consagrado em virtude de muito que tem dado de si, do seu tempo e da sua competência ao estudo aturado de múltiplos aspetos histórico-culturais do concelho.
Para além de inúmeros artigos em diversos órgãos da imprensa regional, o Dr. Abílio já deu à estampa diversas obras (...) Nos últimos tempos, o autor, aproveitando a licença sabática, lançou-se a um grande empreendimento que é um autêntico inventário da indústria e da técnica que deu à nossa cultura uma identidade própria.

BOPNECOPÁGINA-2Caracterizado por um visualismo muito próprio do investigador, o Dr. Abílio viveu, nos últimos tempos, um nomadismo característico de quem, não se poupando a esforços, percorre montes e vales para elaborar um trabalho de índole científica e proporcionar (...) uma tradução fiel do mundo que nos rodeia. Foi desta procura incessante dos factos e do intento de conhecer «in loco» a realidade, que resultou o conhecimento do saber e do saber-fazer retratado em «Castro Daire, Indústria, Técnica e Cultura».
(...)
Pela minúcia revelada, pelo conjunto de atividades tratadas e porque cremos que constitui um valioso testemunho tanto para o presente como para as gerações vindouras, em boa hora deliberou a Câmara Municipal responsabilizar-se financeiramente por esta primeira edição.

(...) 
Aos senhores professores peço que utilizem este rico inventário do património espalhado pelo concelho para que as nossas crianças e jovens conheçam este elo de ligação entre o presente e o passado.

(...)
Agradeço-lhe esta obra em nome do concelho e fique ciente que a Câmara nada mais fez que, dentro da política cultural adotada, apoiar uma obra de um castrense acerca do que é nosso e que é para nós».

SEGUNDO


PÁGINA3-Seguiu-se no uso da palavra o SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPALDr. JOÃO DUARTE DE OLIVEIRA, advogado, que  disse:

DUARTE OLIVEIRA-2« (...)  Sou um amante da cultura, admiro aqueles que tem capacidade e valor para produzir saber. O Dr. Abílio é um construtor de arte, um fazedor de cultura, um trabalhador da inteligência, um proletário da mente. Ele tem espalhado conhecimentos, cultura e saber pelo concelho e pelo país. Muito do que nós somos ele tem dado a conhecer pelo País inteiro. É merecedor da nossa gratidão, do nosso reconhecimento e da nossa estima. Os seus livros e opúsculos são o retrato do concelho e o testemunho da sua personalidade e da sua cultura. Nós estamos aqui não só para o lançamento do seu livro, mas para lhe prestar uma homenagem. O nosso jornal «Notícias de Castro Daire» já o pôs na primeira página, que é o lugar que ele merece. E já o considerou o homem da Cultura do concelho. É a sua consagração como homem de saber, como proletário da mente. Ele é, efetivamente, como está na moda dizer-se, um proletário da mente, pois não enriquece com os seus livros. Ele investiga mais com o espírito de colaboração e solidariedade, de amor à arte e ao saber do que por razões económicas. Tem por isso a nossa consideração, o nosso respeito e a nossa amizade (...)».

CONCLUSÃO

A «HISTÓRIA» é um caminho humano sempre a percorrer, um «fazer» e «refazer» do nosso passado, do nosso viver coletivo, usos, costumes, tradições, indústrias e artes. Um caminho infindo, sempre aberto a novas perspetivas, novas descobertas e novas conclusões. Mas investigar uma MATÉRIA, seja ela qual for,  omitindo a BIBLIOGRAFIA existente sobre ela, é erro grave imperdoável cometido pelos «investigadores das ciências sociais». Tal procedimento só pode ser atribuído à ignorância, à má fé, ou desonestidade intelectual de autores que, em obra produzida posteriormente, se apresentam como pioneiros a «pisar caminhos andados».

Acontece que, por enquanto, eu ainda estou vivo e atento ao que se passa em redor de mim. E como não sou de «compadrios» «amiguismos», «clientelismos» e «capelinhas», nem me ajoelho perante qualquer altar, de posse plena das minhas faculdades mentais, posso ainda dizer dizer que me recuso a ser antecipada e intelectualmente  «sepultado». Ainda cá estou para defender o meu «legado intelectual e histórico» produzido e publicado, aquele que me valeu estar no pódio WWW dos «HISTORIADORES DE PORTUGAL» e «NOTABLE PEOPLE», para urticária dos «despeitados»  . Queimado e cremado, sim, mas só depois de estar morto. E nunca nas «fogueiras da inquisição». Qualquer CREMATÓRIO civil me serve.

 In BIBLIOTECA MUNICIPAL - 06-07-2020

 https://youtu.be/QlMCjQYyF5E?si=Nz5ugS9o1nXVTwh_


 

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.