Em redondo, nesse mundo primitivo, sem notário nem plumitivo em redor, sem letra cursiva ou redonda por perto, é o som mavioso da flauta, é o estrondo certo do tambor que registam em pauta de música, em poesia de dor e de alegria, a viagem do membro que abalou, que foi embora, registo lacrado que a tribo canta, que a tribo chora.
No mundo civilizado, de mil plumitivos e mil notários, óbitos feitos, pagos os honorários, em qualquer canto do globo, algures nos trópicos ou polos opostos, onde existe ainda uma réstia do sentido tribal, daquele tempo megalítico dos menhires e das orcas, mesmo que já não exista o urso, nem o leão, nem o lobo, nem a tribo (vejam da civilização os estragos!) são os jornais, a televisão e outros meios mais que, divulgam a notícia. Chegado o horário, no sítio escolhido para inumação ou cremação, não falta notário, não falta plumitivo a chorarem os Saramagos e os Lorcas, ocasião derradeira sempre aproveitada pela carpideira política que, com lágrimas de crocodilo, sem nico de relação tribal ou elo afectivo com o ente querido, deplorar a falta que eles fazem à tribo.
Abílio/ 2015