No dia 18 de abril de 2017 HUMANOS A RTP1 transmitiu ontem (dia 17 de abril de 2017), com início às 22 horas e términos cerca da 1 da manhã, o longo documentário HUMANOS.
Muito longo, dirão alguns!
E eu, que, levado pelo impulso humano, me ferrei a vê-lo e a gravá-lo na box, pergunto-me como podia ele ser mais curto se, em tão pouco tempo, a equipa de realização meteu quase o MUNDO INTEIRO? É isso. O mundo físico, humano, racional, emocional, "sapiens", "demens" e "degradandis".
Só não está lá quem não é HUMANO, pois "humano" não é somente desfazermo-nos em lágrimas, junto à campa de familiares e amigos e "desumanos" nos mostramos quotidianamente, sobrepondo interesses comezinhos e egoistas ao sofrimento e marginalidade do nosso semelhante, seja ele quem for.
Ser humano não é dizê-lo. É sê-lo.
Eu não sou adivinho. Nem tenho os poderes de lobrigar com antecedência a programação da RTP. Mas nesta minha página tenho deixado testemunhos bastantes do enfoque HUMANO que tenho posto na minha investigação, no meu olhar o mundo, o meu semelhante, a pontos de sublinhar que tenho por preocupação "FAZER HISTÓRIA COM GENTE DENTRO".
Os trabalhos mais recentes (um em texto, outro em vídeo) reportam-se ao DELFIM (fotógrafo) e à D. CATARINA PITADAS, aquela senhora que, vivendo pobremente, escrevia as cartas a toda a gente e assumia a dignidade e o sigilo de uma NOTÁRIA. Ela reservava para si os SEGREDOS de meio mundo. Ambos a viverem ali, no Largo da Feira das Galinhas, em tugúrio sem água canalizada e saneamento básico.
Porque para eles olhei e sobre eles escrevi, tal como fiz com o MANEL DA CAPUCHA, com o ZECA CARNEIRO, o ZAPA e o MATEUS, eu não podia ficar indiferente a este documentário "HUMANOS".
Por ele passa, ao vivo, a definição da CORAGEM e do MEDO, do AMOR e do ÓDIO, do PERDÃO e da VINGANÇA, da FOME e da ABUNDÂNCIA, da LIBERDADE e da falta dela. Do CONSUMISMO e da SOBRIEDADE.
Tudo. O ser HUMANO no seu todo, nas suas circunstâncias e mil nuances. Não há biblioteca onde caiba tanto conhecimento, sapiência, emoção e razão.
Não pode haver professor ou professora que possa ignorar este documentário, se tiver orgulho na sua profissão. Aposentado que estou, do muito que li, aprendi e ensinei, verifiquei quanto ignorante sou, face aos depoimentos feitos por todas aquelas pessoas, a rir ou a chorar, desde idosos a jovens, crentes e não crentes, a interrogarem-se sobre o seu papel no mundo. Que peugada lhes está reservada deixar nele, enquanto vivos. Gente de todas as etnias, cores e religião.
Não. Eu não podia deixar de fazer este registo. Ainda estou vivo. Ainda existe em mim uma réstia de HUMANIDADE. A foto que se segue foi retirada desse documentário. Um excelente serviço público de divulgação, informação, formação, arte e criatividade. Bem haja RTP1.
https://www.youtube.com/watch?v=TnGEclg2hjg&t=200s