Trilhos Serranos

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terça, 02 julho 2013 11:53

ÁRVORE SECA

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Disponível no meu velho site, desde 23 de Agosto de 2012, fui repescar, para este meu novo «sitio», este «poema», cujo sentido se liga, de alguma forma, ao meu texto «Desabafo» (escrito em 2013)  bastante apreciado pelos meus amigos e muito bem  descodificado por quem entende a arte das LETRAS e a distingue da arte das TRETAS que por aí se vai publicando. Aquela «árvore seca», perdida no meio de toda aquela vegetação natural, rústica, serrana, sabe muito bem que da «composição é o verso sem rima».

 

ÁRVORE SECA

Em meu redor
Um mundo de poesia e cor.
Poesia não escrita
Não falada, não dita
Não canónica, desarmónica
Sem métrica de antologia,
Mas poesia é!


Mil olhos a lêem,
Porém, só dois vêem
Que morri de pé.
Seca,
Raízes fincadas no chão
Neste poema de cor e vida
A perder de vista,
Mirada de baixo a cima,
Sei que sou da composição
O verso sem rima.

Abílio Pereira de Carvalho
Agosto/2012

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.