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sábado, 26 março 2022 16:15

COMBOIO DESCENDENTE

Escrito por 

GLOSANDO ZECA AFONSO

14 de março de 2018  · Conteúdo partilhado com: Os teus amigosAmigos


No comboio descendente

Anda tudo à gargalhada

De incompetente a incompetente

Nenhum deles dá por nada.

No comboio descendente

É tudo uma garotada.


No comboio descendente

Todos se postam à janela

Uns a cochichar com os outros

Unidos pela mesma trela.

No comboio descendente

Contentes vão ele e ela.



No comboio descendente

Vai uma grande reinação

Uns dormem a sono solto

Outros fingem que não.

No comboio descendente

Nada pára a podridão

Eles são aquilo que são

E mais do que isso é que não.



Abílio/março/2018













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Publicado em Poesia
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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.

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