Trilhos Serranos

Está em... Início História CASA BRASONADA DE FAREJINHAS
sexta, 25 julho 2025 14:07

CASA BRASONADA DE FAREJINHAS

Escrito por 

CASA BRASONADA DE FAREJINHAS

Já falei dos proprietários desta CASA BRASONADA, aquando fiz o livro sobre a CAPELA DE SANTO ANTÓNIO, «pro bono», a pedido dos atuais zeladores do culto e proprietários do templo, a fim de, com a venda, poderem angariar algum dinheiro para a sua cobertura, bastante danificada. Mas, para além disso,  convém publicar aqui algumas linhas que ficaram silenciadas no «disco rígido» do meu computador à espera que o PODER LOCAL, através do PELOURO DA CULTURA, se empenhasse mais em «pavimentar» os caminhos da HISTÓRIA  e se empenhasse menos a pintar as estradas com riscos azuis a fingir «ciclovias». Questão de prioridades e como estamos em vésperas de eleições autárquicas aqui fica o meu alerta lançado a todos os CANDIDATOS que aspiram, e muito bem,  sentar-se nas cadeiras municipais de «estilo joanino». Exercício de cidadania.

 PRIMEIRA PARTE

CAPA.SANTO ANTÓNIOdata-1861Ainda que na grade do varandim de ferro forjado que está sobre o portão da fachada principal do edifício figure a data de 1861, (a mesma data inscrita em letra romana na basse do  cruzeiro retratado mais abaixo que vemos à entrada da povoação, que pertenceu aos mesmos domínios senhoriais, cruzeiro cuja CRUZ TREVOLADA, de granito recente, nada tem a ver com os restantes elementos da peça - fuste, capitel e base - ) que as referências históricas mais remotas que encontrei ligadas aos familiares desta casa brasonada remontam ao século XVII e prendem-se com a demanda ligada à administração do vínculo de Santo António, criado pelo Dr. Sebastião Rodrigues do Amaral, em 1663, demanda essa que, em 1805, tinha, de um lado, por autores «Bernardo de Mello Sampaio de Almeida e mulher, «assistentes em Farejinhas» e, do outro, como réus, Manuel de Freitas Pinto e mulher, «assistentes em Vila Seca».

Mas historiemos um pouco os factos, repescando para aqui o resultado da investigação que fiz sobre o assunto e, em 1995, publiquei no meu livro «Castro Daire, Indústria, Técnica e Cultura»,obra  bastante elogiada pelo, então Presidente da Câmara de Castro Daire, João Matias. 

«Em 1593, o abade de Castro Daire, Francisco Rodrigues, dotou a capela de Santo António, da vila, com foros e bens de raiz que deviam ser administrados pelo seu sobrinho e sucessor Pe. Domingos Rodrigues, com o ónus de ali celebrarem missas semanais pela sua alma.

Em 1625 foi a vez do abade Domingos Rodrigues, passar os bens e o ónus para o seu sobrinho, Sebastião Rodrigues do Amaral, também abade de Castro Daire, cujo testamento, datado de 1663, arrola uma vasta cópia de «terras», «campos», «lameiras», «vinhas» «linhares» e «foros» pagos em géneros, dentro e fora do concelho de Castro Daire.

 Com tal cópia de bens próprios convinha instituir um morgado e foi o que fez o abade, deixando como primeiro administrador o Dr. João Rodrigues de Almeida, que, por sua vez, em testamento, datado em 1698, acrescentou ao património herdado mais umas tantas propriedades.

FACHADA PRINCIPALNão podia adivinhar o abade que os bens vinculados à capela de Santo António pelos seus antecessores e por si próprio, agora instituídos em morgado, haviam de dar origem a uma «demanda» que se arrastou pelos tribunais do reino grande parte do século XVIII e ultrapassou o primeiro quartel do século XIX. Tal se deveu ao facto do Dr. João Rodrigues de Almeida, seu herdeiro, no testamento que assinou em 1698, não ter cumprido a cláusula testamentária que estabelecia a ordem sucessória, própria dos morgados, após o seu falecimento, que era assim: primeiro «o filho mais velho, e não tendo filho nem filha, o herdeiro mais chegado, preferindo-se em igual grau o varão à fêmea», e ao contrário, ter escolhido para universal herdeira e administradora do morgado uma sobrinha, D. Ana de Miranda de Almeida, que era casada com o capitão-mor de Farejinhas, Francisco Teixeira Pimentel, opção essa que foi contestada, em 1713, por João de Freitas, primo da contemplada e filho da irmã do 1º morgado.

 

 

PORTÃOO caso arrastou-se indefinidamente pelos tribunais e no testamento de Manuel de Freitas, descortina-se a razão desse arrastamento. Com data de 1783 ali se diz que «mais nomeava todos os direitos ao vínculo da capela de Santo António da vila de Castro Daire a seu filho Manuel, porque suposto de se compor com aqueles senhores foi ele ser pobre e eles serem muito ricos e não ter posses para demandas tão graves».(in CARVALHO, Abílio Pereira «Castro Daire. Indústria, Técnica e Cultura», 1995). 

 Volto ao assunto pelas razões expostas na abertura desta crónica, isto é, o desinteresse pela nossa HISTÓRIA manifestado por parte dos PODERES LOCAIS instituídos ao longo do tempo. E, sabendo eu disso e da «desvalorização» de quem a trabalha,  como sou um resistente e na HISTÓRIA  me respaldo para sustentar os nossos valores patrimoniais e identitários ,  aqui deixo hoje os retalhos convenientes por forma a que os nossos vindouros, a tal preceito não morram na ignorância em que nos deixaram os PODERES DO PASSADO, ignorãncia que os PODERES PRESENTES persistem em manter e os PODERES FUTUROS nem sonham, sequer, em mudar de rumo., por aquilo que se vai anunciando, por aí,  nas APRESENTAÇÕES da pré-campanha eleitoral, visando as próximas ELEIÇÕES AUTÁTQUICAS.

Lembremos, pois, que no PROCESSO JUDICIAL que correu os seus termos nos tribunais do REINO e ao qual eu aludi nesse livro, envolvendo GENTE DE FAREJINHAS e GENTE DE VILA SECA, ficaram identificadas os AUTORES e os RÉUS constantes no LIBELO DE RAIZ, a saber:

a)      DA CASA DE FAREJINHAS E DE SARZEDO

 «Francisco Teixeira Pimentel, capitão-mor e mulher D. Ana Miranda de Almeida. Seu filho José Teixeira Pimentel Rebelo e mulher, Josefa Filiciana e sua filha D. Joana Josefa Pimentel Rebelo e marido, Bernardo de Melo Sampaio de Almeida e Albuquerque e o filhos deste, João de Melo Sampaio Almeida e Albuquerque e ainda pelos descendentes de Luís Machado e mulher D. Teresa de Miranda Teixeira, da casa de Sarzedo, Moimenta da Beira, pois esta senhora era filha do capitão-mor de Castro Daire e de D. Ana Miranda de Almeida, a sobrinha que o 1º morgado contemplou como herdeira no seu testamento, à revelia da cláusula testamentária do Pe. Sebastião Rodrigues de Amaral, que instituiu o vínculo.

 b)      DA CASA DE MOÇÃO

 «Os descendentes de Domingos de Freitas, João de Freitas, seu filho Manuel de Feitas Pinto e Sousa, capitão de ordenanças e monteiro-mor e o seu bisneto António de Freitas Pinto e Sousa, capitão do Batalhão Realista dos Voluntários de Castro Daire»  (in FREITAS, Pe. José Vieira Gonçalves de, «Resumo Genealógico dos Intervenientes na Demanda sobre o Morgadio da Capela de Santo António de Castro Daire» (dactilografado), Sozelo, 1949, pp 1…(cf.  meu livro «Indústia,Técnica e Cultura», 1995, pp 21)

ARMAS NA TESTADAMONOGRAMAAção posta em Tribunal em 1713 por João de Freitas, contestando o não cumprimento da linha sucessória do Morgado, por parte dos senhores de Farejinhas, como estabelecia a testamento da sua fundação, o processo arrastar-se-ia pelas instâncias judiciais sem ser resolvido antes da Revolução de 1820. Desconhecemos o desfecho judicial, mas tratando-se de um morgadio, as leis de Mouzinho se encarregariam, por certo, de lhe pôr fim.

Litigando nos tribunais por força de reivindicarem para si a posse e administração do Morgado, António de Freitas Pinto Sousa João de Melo Sampaio Almeida e Albuquerque, estavam, contudo, unidos no combate ao Liberalismo, ambos ao lado e unidos a favor de D. Miguel.

O primeiro, no posto de «Capitão do Batalhão Realista dos Voluntários de Castro Daire», perderia a vida no cerco do Porto contra D. Pedro; o segundo, «capitão-mor de Castro Daire», nos fins de 1823, pelos relevantes serviços prestados à causa absolutista, seria primeiramente nomeado «Comandante Geral das Ordenanças da Comarca de Lamego» e depois «Comandante Geral das ordenanças da Beira Alta». (in COSTA, M. Gonçalves da, «Lutas Liberais e Miguelistas em Lamego» Gráfica de Lamego, 1975, pp 58-64).

Unidos na causa miguelista, desunidos nos tribunais por causa do morgado, o Liberalismo, que eles combateram, poria fim ao libelo, extinguindo esse regime de propriedade. E as coisas ficariam no estado em que as deixou a sentença de 17 de Junho de 1796, a favor dos Pinto de Sousa, já que foi na casa de um dos descendentes de António de Freitas Pinto Sousa que encontrei o processo judicial em cujos fólios ficou guardada toda esta história.

Como cheguei eu a isso?

Nos anos 80 do século XX, o meu colega Antero de Freitas, disse-me que o seu pai, à falta de outro material, ia arrancando as folhas de um manuscrito antigo, para com elas fazer pacotinhos de sulfato, em doses certas para o pulverizador. Corri a saber de que manuscrito se tratava e a salvar o que dele restava,  a troco de um molho de jornais.

Recolhido e lido, fiz dessa preciosa peça judicial uma relíquia dos meus arquivos, mesmo que amputada de muitos dos seus fólios. 

SEGUNDA PARTE

Já fora do PROCESSO JUDICIAL,  e por via de muitas leituras e estudo, vim a saber mais o seguinte: 

2  - ANO DE 1882COLÉGIO DE MENINAS NA CASA GRANDE

Neste ano de 1882 passou a funcionar nesta casa brasonada um «Colégio de Meninas» com autorização do Dr. Nicolau de Mendonça, senhor da Quinta da Cruz, em Viseu.

O caso foi que RITA AMADA DE JESUS, atualmente beatificada, mulher votada à religião, depois de fundar, em 1880, um colégio em Gumiei, devido às dificuldades políticas que lhe eram criadas, simultaneamente com o aumento do número das crianças, falando com o proprietário do Solar de Farejinhas, este autorizou-a  servir-se do seu solar dele.

Dito assim pelo biógrafo da beata:

            «O senhor Dr. Nicolau soube que o número de crianças aumentara, passados apenas dois anos e ofereceu-me na freguesia de Farejinhas, Castro Daire, um rico solar, com muito mais capacidade e uma quinta muito boa, bem murada onde podíamos obter não só hortaliças, mas outros géneros de alimento, a começar pelas árvores de fruto de várias qualidades e a batata. Além disso tinha uma bela fonte que brotava copiosamente. Aceitei a oferta do Dr. Mendonça e fizemos a mudança lá pelo Verão de 1882, transitando para Farejinhas». (in PEREIRA, Florentino Mendes, cmf, «A Mulher do Povo e do Dragão, Rita Amada de Jesus», Instituto Jesus Maria José, 2006, pp 71.

            Segundo este biógrafo de Rita Amada de Jesus, o colégio teria funcionado no solar durante oito anos ao fim dos quais a fundadora retornou às origens. Mas não sem primeiro ter sofrido perseguições políticas1 e de ver uma das suas irmãs de fé questionar-lhe a direção do Colégio, o que muito a desgostou. Assim como assim, as aulas fecharam e a senhora, de seu nome de batismo Rita Lopes de Almeida, entregue à sua obra, acabou por falecer em 13 de Janeiro de 1913, sendo a sua morte ignorada na imprensa pelas razões que este seu biógrafo apresenta:

            «As diretrizes da Revolução de 1910 continuavam bem envenenadas e ativas. A Mulher do Povo, tão perseguida durante a vida, podia excitar a Serpente, suscitar novas tensões, prejudicais para os católicos e grupos de admiradores, se algo de extraordinário, semelhante a um motim religioso, acontecesse no dia do funeral. Por isso não houve nem podia haver publicidade sobre a sua morte e respetivas exéquias. Tudo se passou no segredo da freguesia, ou pouco mais.

(…)

Todavia, o grupo de pessoas que se reuniu para a Liturgia das Solenes Exéquias, os comentários a circular de boca em boca e uma espécie de ações à volta do acontecimento, elucidam suficientemente a veneração que Madre Rita suscitava no povo simples». (PEREIRA, Florentino Mendes, cf. «A Mulher do Povo e do Dragão, Rita Amada de Jesus», Instituto Jesus Maria José, 2006, pp 149.

 Com efeito, escalpelizando nós a imprensa local que, em 1913, isto é, o jornal «A União» (defensor dos valores monárquico-católicos) e o jornal «O Castrense» (defensor dos valores republicano-democráticos) que comunicavam semanalmente com o público, não encontrámos a mínima referência ao falecimento daquela que, estando durante oito anos em Farejinhas, para além do que dizem os seus biógrafos, parece não ter deixado rasto visível por estas bandas.

É certo que tendo ela falecido no dia 13 de Janeiro de 1913, o jornal «A União» de 5 de Janeiro desse mesmo ano, deu à estampa uma notícia curiosa. Só pessoa bem informada sobre a sua vida, podia, antecipando-se à sua morte, redigir a notícia que sem esforço se pode associar à pessoa de Rita e sua devoção:

«Jesus»

«Quanto mais se ama melhor se sofre e quanto mais se sofre mais se depura e acrisola o amor.

Mas se esse amor que sofre e o sofrimento do amor são por Jesus o heroísmo atinge o máximo grau no sacrifício fácil da matéria que se despreza por não poder amar para se conservar a pureza da alma cheia de afeições devotadas a Jesus.

E então o sofrimento chega a ser um desejo de quem ama, um bem que se anhéla (sic) para se lograr o gozo de uma doçura espiritual indefinida que empolga e ameniza a dor e adoça o próprio martírio. Nem todos compreendem a psicologia do amor brando e suave do espírito que puramente se eleva a Jesus. Mas nos arroubos desse místico a afeto alma mais rude sente luminosamente todo o segredo de sentimentos que o mais hábil filósofo não sabe destrinçar no âmago do coração humano.

Mais intenso e elevado ou mais modesto e descuidado o que é certo é que criado e enraizado no coração o amor por Jesus, nem as armas, nem as violências, nem os despotismos, nem o frio e a podridão das masmorras, nem a morte lenta e cruciante das penitenciárias poderá arrancar-nos a fé ou abrandar o fogo de amor! Porque as convulsões políticas passam como nuvens borrascosas que trouxeram tempestades, as instituições dos povos mudam ao sabor ou ao capricho humano e Jesus triunfa, e Jesus permanece como o Astro Rei iluminando através dos séculos e divinamente sereno, assistindo ás derrocadas e às tempestades políticas sem jamais permitir aos doutores de todos os tempos a confusão entre o que é de César e o que é de Deus».

«De um sermão pregado em Castro Daire». (in «A União», nº  46, de 5 de Janeiro de 1913)

Tirando este texto, cuja temática bem se aproxima do amor de Rita por Jesus, nada mais. E o número seguinte deste mesmo jornal, depois de anunciar as «fitas» que na altura passavam no «Cinematógrafo», um melhoramento implantado na vila de Castro Daire, pelo republicano, José Clemente da Costa, faz menção que no dia seguinte seria exibida «A vida de Jesus Cristo». Assim:

«Têm agradado bastante as sessões cinematográficas realizadas no Teatro Castrense (…) Amanhã haverá duas sessões, sendo a primeira às duas horas da tarde com a magnífica fita «A vida de Jesus Cristo» e outra à noite com fitas variadas».A União, nº 47 de 12 de Janeiro de 1913)

TERCEIRA PARTE 

 4 – FAMÍLIA MENDONÇA AMARAL

 CROCODILOCRUZEIRO-1861 - CópiaCasa brasonada ligada ao morgado com vínculo na capela de Santo António, feito pelo Dr. Sebastião Rodrigues do Amaral, em 1663, como vimos acima, passados que foram séculos, a família de apelido Amaral, depois dos Melos e Sampaios,  volta a ser referida como proprietária da casa.

Já vimos que o Dr. Nicolau Mendonça autorizou Rita de Jesus a fazer um colégio de meninas da Casa Grande de Farejinhas e à mesma casa está ligado Bento Mendonça Amaral, filho de Bento de Mendonça de Figueiredo Amaral.

No ano de 1937, Bento Mendonça Amaral integrava a Comissão Administrativa da Misericórdia de Castro Daire, que era assim constituída:

Provedor: Bento Mendonça Amaral

Tesoureiro: José Duarte de Almeida

Escrivão: Pe. António da Silva

Olindo de Araújo Vilela

António Augusto Ferreira Pinto

Que tomou posse na sessão de na sessão 25 de Janeiro de 1937 (fls. 36r/v)

Não seria por muito tempo, pois na sessão de 3 de Março de 1938, o «Provedor Bento de Mendonça Amaral pediu licença ilimitada em virtude de se ter de retirado para Lamego, onde, provisoriamente fixou residência». (fls. 42v)

A mesa foi favorável ao pedido, ficando a exercer o cargo de Provedor o escrivão Pe. António da Silva (cujos dados biográficos pode o leitor (meu seguidor) encontrar neste site com foto e tudo) e no lugar de escrivão o mesário António Augusto de Almeida Pinto, subindo para efetivo o 1º substituto Alfredo Ferreira de Almeida.

Nestes princípios do século XXI, os seus descendentes e herdeiros encontram-se retirados  em Vila Real,  sendo os caseiros que estão entregues da Casa. Finalizando: «leia"no meu mural do FACEBOOK o que escrevi sobre o DIREITO DE ASILO atribuído às HONRAS  e aos COUTOS (Nobreza e Clero) a fim de saber mais sobre o valor e significado das «aldrabas» e elementos decorativos postos nos portões de entrada, nomeadamente «dragões» e «lagartos».


NOTA- 1: O biógrafo de Rita Amada de Jesus não prima pelo rigor histórico naquilo que afirma relativamente à passagem da autografada por Castro Daire. Diz que ela foi chamada à Administração do Concelho, sendo Administrador o Visconde Guedes Teixeira, o que não corresponde à verdade. Vejamos: José Augusto Guedes Teixeira - Lamego, 16 de Dezembro de 1843Paris, 2 de Fevereiro de 1890, primeiro e único visconde de Guedes Teixeira, foi um advogado e político, grande proprietário fundiário. Exerceu diversos cargos públicos de relevo, entre os quais o de presidente da Câmara Municipal de Lamego, deputado, governador civil do Distrito de Viseu e diretor da Alfândega do Porto. Recebeu o viscondado por decreto de 23 de Janeiro de 1874, de D. Luís I de Portugal.
Diz igualmente que ela foi remetida para o Governador Civil de Coimbra, quando, na altura, Castro Daire dependia administrativamente do Governo Civil de Viseu.

NOTA - 2: O altar de talha dourada da capela-mor da Igreja Matriz de Cujó, feita entre 1914 e 1932, cuja história deixei no meu livro “Cujó, Uma Terra de Riba-Paiva”, pertenceu à CAPELA privada desta CASA BRASONADA. Foi comprada ao, então, proprietário. 

 

Ler 804 vezes
Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.