A VERDADE E A MENTIRA
Não, não e não!
Um HISTORIADOR não deturpa a HISTÓRIA, nem confunde FACTOS REAIS de trabalho, a forma de ganhar a vida dos PASTORES DA SERRA DA ESTRELA, com RECREAÇÕES FOLCLÓRICAS LOCAIS de ENTRETENIMENTO e de CONVENIÊNCIA, a coberto dos nossos “usos e costumes”.
Qual MARAVILHA, QUAL NADA!
Os REBANHOS de Castro Daire, nunca fizeram TRANSUMÂNCIA. E querer fazer COISA NOSSA que nunca foi, e, para mais, integrá-la na “NOSSA CULTURA, USOS E COSTUMES” é uma autêntica ALDABRICE que pode servir os OBJECTIVOS FOLCLÓRICOS DOS SEUS PROMOTORES E BENEFICIÁRIOS dele, RECEBENDO “X” por cabeça, mas nada tem de verdadeiro e de HISTÓRIA.
Como cidadão e como HISTORIADOR não vou por aí, jamais darei cobertura a tal EVENTO. Já fiz vídeoS. Já escrevi textos contra essa forma de DELAPIDAR o ERÁRIO PÚBLICO.
Foi PREGAR NO DESERTO. Mas ainda estou vivo e ainda tenho voz.
E o curioso, é que que eu fui PASTOR antes me passar parte da vida a decifrar pergaminhos, manuscritos e estudos da especialidade. Talvez por isso e por ter calcorreado montes e vales atrás do rabo dos ovinos e caprinos é que rejeito o FOLCLORE, os tambores, bombos, pífaros, pandeiretas e mais fitas coloridas que engalanam e deturpam uma tarefa de trabablho, suor e cansaço, uma forma esforçada de ganhar a vida. PASTORES, GADO E CÃES. É só ver e refletir nas imagens que vemos no vídeo que se segue, de 1990. UM DOCUMENTO AUTÊNTICO.
Os pastores, os protagonistas da narrativa, merecem o respeito dos vindouros. Fazer FOLCLORE em torno deles é uma afronta à honrosa e esforçada profissão que tiveram. Não é HOMENAGEM...é AFRONTA.