Uma vela é sempre uma vela, apagada ou acesa, na escuridão. A uns inspira crente e sentida oração, mas outros somente vêem nela, aquela tremulente luz singela que no escuro lhes alumia o caminho inseguro da vida e os livra de tropeção aziago, descuidados, na sua lida, a contarem as estrelas da luminosa estrada se Santiago. Uma vela. Uma simples vela. Mas a chama dela e o escuro que a rodeia, unem misteriosamente Céu e Terra, à luz de quem olhe e leia.
Abílio/Julho/2013