CASTANHEIROS CENTENÁRIOS
É sabido o papel que, na imprensa, nos livros e em vídeo, tenho assumido na defesa do nosso património histórico, cultural, material e imaterial, a par do património NATURAL. Basta ler, ver e ouvir.A foto que ilustra este "post" é de um castanheiro centenário, em fins de vida, um MONUMENTO NATURAL que, a par de mais dois, cujos vídeos alojei no Youtube no ano de 2013, bem podiam ser preservados, por mais alguns anos, se assim o quisessem os nossos autarcas responsáveis pelo PELOURO DA CULTURA, num tempo que tanto se fala do turismo histórico-cultural e pouco se faz para atrair os TURISTAS ao concelho, nomeadamente os amantes de NATUREZA, cada vez em maior número.
Dois desses MONUMENTOS são de fácil acesso. Para preservá-los e dá-los a conhecer ao MUNDO PEDESTRE, é só saber quem são seus os proprietários e com a ajuda de técnicos competentes, fazer-lhes a poda das pernadas que, à força dos ventos, lhes darão a morte, como deram à CARVALHA DO PRESÉPIO (no Mosteiro) que foi um "ex-libris" do concelho até 1987, ano que veio abaixo à força de um vendaval. Escrevi o seu elogio fúnebre no Boletim Municipal de Castro Daire.
O outro, este mesmo da fotografia, está rodeado de silvas e elas deixaram-me num dedo a sua marca de sentinelas, guardadoras do templo. Ele fica bem perto do ECOCENTRO, arredores de Vila Pouca, lugar também acessível a todo o curioso e estudioso que queira vê-lo e com ele remontar aos princípios da nossa nacionalidade, se tivermos como verdadeira expressão popular que os botânicos universitários não contrariam: «300 anos a crescer, 300 anos no seu ser e 300 anos a morrer».
Veja os vídeos:
Agora digam cá os meus amigos (aqueles que não se ficam pelo comodista e simpático "GOSTO", "MUITO BONITO", "PARABÉNS") se deram por mal empregado o tempo que gastaram a ver e ouvir os vídeos e se os CASTANHEIROS não merecem umas PALAVRINHAS da vossa parte em DEFESA DESTE PATRIMÓNIO que, uma vez ido, já mais volta.
Da minha parte tenho feito o que posso e continuarei a fazer até que a voz me doa. Direi melhor: fá-lo-ei mesmo que, como o lobo ibérico solitário, continue a uivar sozinho, ao VENTO e à LUA, aqui pelas bandas do Montemuro.
Abílio/janeiro/2016