Com prefácio assinado pelo atual Provedor, Leonel Marques Ferreira, onde explana os objetivos da obra, nomeadamente, assinalar a participação da Instituição nas «Marchas de S. Pedro» e assim «catapultar para o futuro, o passado e o presente, fazendo-se assim a sua História», ingrato seria eu desperdiçar este naco de história que me é oferecido de mão beijada, tão acostumado que estou a ser sempre eu a mergulhar nos arquivos para dar a conhecer eventos e personagens ligadas à história local.
Folheando o livro constatámos que os seus organizadores tiveram o cuidado de remeter para o futuro fotografias bastantes alusivas aos eventos passados, às quais se associam a letra a as partituras das músicas cantadas, o que é, pode dizer-se, inédito por estas bandas. Essa atitude muito facilitará o trabalho do historiador que, em tempos próximos ou longínquos, vier a completar a História da SANTA CASA, já que, parte dela, nomeadamente a que respeita aos seus primórdios, à sua fundação e percurso até ao ano de 1920, já está no livro da minha autoria editado em 1990, trabalho que me foi solicitado pelo antigo Provedor, Manuel Luciano e editado no tempo do Provedor, Jorge Ferreira Morgado.
E vem a propósito não deixar sem reparo uma notícia saída no «JORNAL DO CENTRO» número 712, de 04/12/2015, .com assinatura de Pedro Pontes, atribuindo ERRADAMENTE o ano de 1659, como data da fundação da SANTA CASA, quando, para evitar tal erro, bastava que o articulista consultasse esse meu livro, por certo ainda e existente nos arquivos da SANTA CASA.
Pelo sim, pelo não aqui deixo a foto da capa, bem como a reprodução do artigo a que me refiro. É que, mestas coisas da História, na sua investigação e divulgação, é sempre bom impor algum rigor no que se diz e escreve.
Daí o louvor que deixo à iniciativa agora tomada, deixando em livro, o que no futuro, terá de ser levado em conta, por todo e qualquer historiador ou escrevinhador das coisas locais.
Daí o reparo que faço ao erro cometido pelo articulista, remetendo para data longínqua a fundação de uma instituição que viu o seu nascimento na última metade do século XIX, atestado com documentos escritos onde figuram as preocupações e os nomes dos protagonistas que lhe deram origem, em data certa.
Abílio/janeiro/2016