E não vou ter o atrevimento de dizer, por palavras minhas, o que disse o insigne HISTORIADOR Oliveira Martins com palavras suas. Reporta-se ao começo da RECONQUISTA, nas Astúrias, com Pelágio à frente das hostes cristãs. PELÁGIO que, devido aos feitos heroicos por ele praticados e/ou a ele atribuídos, tornaria o seu NOME muito querido e admirado na Ibéria. E entre nós, tão querido e desejado foi que quase não houve pia batismal dos templos cristãos, onde não fosse lembrado por abades, priores e curas, a pedido de pais e padrinhos das crianças, ufanos de prolongarem na sua descendência o NOME do herói das Astúrias. Tão desejado e querido, quão esquecido e indesejado é atualmente.
Não é assim? Então digam-me quantos parentes e amigos conhecem hoje com o nome PELÁGIO? Eu vos direi, desde já, que, em 1258, nas terras que hoje integram o concelho de Castro Daire, não havia lugarejo, por mais escondido que fosse nas pregas da serra, onde não houvesse um cidadão com o nome PELÁGIO. Era o tempo de D. Afonso III, exatamente o rei que reconquistou definitivamente o Algarve aos mouros, em 1249.
Fiz uma pesquisa sobre o assunto, muito antes de se falar nas vagas de REFUGIADOS que hoje INVADEM a Europa. Sempre procurei conhecer e compreender as grandes migrações humanas, conquistas, reconquistas e suas consequências e implicações na economia e na cultura. Publiquei o resultado no meu velho site e transpu-lo recentemente para o novo. Hei de repô-lo aqui também. Mas, por agora, vamos ler Oliveira Martins na sua "A História da Civilização Ibérica": um tijolo do meu edifício mental; uma janela que dá luz à minha opinião: