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sexta, 20 novembro 2015 21:28

A MULA DA COOPERATIVA

Escrito por 

Iooonnnn......iiooonnn...brrruuuu...

 

A esquerda cooperativa

Deu dois coices no telhado

E ela, que tem sido burra,

Mostrou, enfim,  o nunca visto:

São Bento ficou sem telha

E o Céu abriu-se à Terra.

E agora, vejam só quem zurra

E rincha por todo o lado:

- Vem aí o Anticristo.

É a direita velha e relha.

Iooonnnn...iooonnn...brrruuu...PRUDÊNCIA-FPRÇA

Face à inesperada ameaça

Resultante de tal amanho

Só o senhorio de Belém

Vendo sem cobertura a casa

Segurando no colo o menino

Poderia suster mal tamanho.

Sondou veredas, sondou caminhos

Para remendar a cobertura

E defender a sua mesnada

Prestes a cair na sepultura

Aberta sem qualquer arranho

Pela esquerda em conjuntura.

 

Iooonnnn....iooonnn...brrrruuuu....

 

Não conseguiu seus intentos

De Belém, o senhorio

E no meio de tantos lamentos

Houvesse calor, houvesse frio

A céu aberto ficou São Bento.

O vento a entrar por todo o lado

Arejando a velha guarida 

Da direita e da esquerda

Assim  manda a Constituição

Quer se ganhe, quer se perda

Quer se goste, quer não

Dos coices dados no telhado

Pela esquerda cooperativa

 

.Iooonnnn....iooonnnn....bruuu.....

 

 


Abílio/novembro/2015

NOTA: veja-se o dia e a hora em que postei aqui esta versalhada. Ela foi escrita depois e audições que o PR fez à s várias organizações económicas, políticas e sociais, para decidir da escolha de um novo governo após a queda do que apresentou Passos Coelho no Parlamento, com os votos da maioria ali existente.  E lá vieram os representantes das forças sociais, da Finança e da CAP dizer os seus palpites. Este último não se coibiu de lembrar que os comunistas, em 1975, tinham tirado as terras aos proprietários, etc. coisa e tal. 


E, já depois disso, à saída de Belém, Passos Coelho atirou claramente a toalha ao chão, dizendo que agora "competia ao Partido Socialista e António Costa apresentar uma alternativa consistente e duradoura". Ele o disse, mas mesmo assim, nas TVs, as luminárias do costume (mais papistas que o Papa) continuavam indecisos a esticar o elástico a acenar com papões e a mostrar os "inconvenientes" de um governo de Esquerda, cujo desfecho se desconhecia. Estávamos no "tempo do presidente", uma espécie de disco riscado a rodar a Mula da Cooperariva, num gramofone de museu.

 São esses senhores a nossa "inteligência" política. Aqueles que elucidam e esclarecem o público, postos nos seus palanques. Pois eu, que não pertenço a esse rol de "comentaderos", que sou um anónimo cidadão, aqui deixo, desde já, a minha convicção. O PADRINHO da MESNADA da DIREITA ressabiada e vencida, mesmo contrariado, não tem alternativa constitucional e vai indigitar António Costa. Vai empossar o governo da esquerda unida, da esquerda cooperativa. 

 

 

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.