Lá nos longínquos tempos de minha mocidade, nas costas do Índico, um engenheiro responsável pelos serviços técnicos dos CTT, de Lourenço Marques, dando-se conta que os materiais de comunicação se esgueiravam, à socapa, dos armazéns onde eram guardados, resolveu reunir todo o pessoal técnico e, depois de um logo relambório sobre as responsabilidades de quem tinha de prestar contas por tudo isso, terminou dizendo, muito enfurecido: isto aqui não é nenhuma FALPERRA.
Foi palavra que entrou no meu vocabulário, mas creio que nunca a usei nos meus escritos. E não sei porque carga de água ela me ocorreu à memória nos tempos que correm em Portugal. Qual dos meus amigos poderá ajudar-me a encontrar a razão disso? Uma FALPERRA, vejam só, Portugal uma FALPERRA.
Abílio/Julho/2013