No dia 07 do corrente, isto é, três dias após as eleições, deixei nesta minha página um texto sob o título "DIREITA/ESQUERDA" no qual preconizei o que a seguir transcrevo:
"Face aos resultados eleitorais, e à consequente configuração da Assembleia da República, António Costa bem pode assumir, à frente das hostes civis parlamentares (da ESQUERDA) o papel que Otelo Saraiva de Carvalho assumiu à frente das hostes militares, abatendo a Ditadura, toda ela cheia de regras e formalismos que, a serem seguidos pelos capitães, ainda hoje perduraria. Mas virou-se a página e, passados todos estes anos é altura de romper com o "status quo" do "vira-ó-disco e toca o mesmo". E depois, o que for se verá. Urge mudança. Urge alternativa. E é em alturas difíceis como esta que se mostra a capacidade de liderança".
Sim. Foi isso mesmo que eu escrevi. Um disparate, mas nunca pensei vir a "plagiar-me" poucos dias depois. Hoje mesmo. É que não resisto à tentação de cotejar esse meu pensamento com a notícia publicada no "SOL" online, publicada ontem (dia 11), às 16.12 horas. Transcrevo:
"O histórico socialista António Arnaut apelou hoje à formação de um governo 'patriótico de esquerda" liderado pelo PS, integrando também o PCP e o Bloco de Esquerda para 'defender os interesses' dos portugueses".
Conforta-me saber que, face aos resultados eleitorais e visto o estado em que se encontra o ESTADO, o meu pensamento coincide com o deste histórico socialista, homem que sempre tive como referência. Apraz-me isso e também saber que o texto que aqui deixei ontem com o título "GOVERNANÇA À ESQUERDA" encontra respaldo no mesmo pensamento. Transcrevo:
"E eu fico-me por aqui, não por falta de corda, mas à espera de ver o resultado dos esforços de António Costa, de Jerónimo de Sousa e da Catarina Martins (os três ribeiros que juntos fazem rio) esperançado de que, mesmo contra tempos e marés, ponham o moinho em movimento e, com ele, ponham pão na mesa de todos os portugueses".