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quinta, 10 novembro 2016 13:08

ARTE FORJADA - 2

Escrito por 

HOMENAGEM AOS MESTRES DA FORJA, DO MALHO E DA BIGORNA

Dito isto, ao lado da Igreja Matriz, e também à sua frente, temos dois magníficos exemplares de arte forjada. 

2- Hospital-3 - Cópia

Sãos as fotos que ilustram estas linhas. Numa delas, ao centro, rodeado por um círculo, vemos o monograma "MC", que presumo serem as iniciais de Manuel Costa. E na casa da esquina, a beijar a sacristia, com varanda virada para a atual Rua Comendador Oliveira Baptista, via  que, em tempo de República, foi a Rua Formosa, e também a Rua Nova da Bela Vista, temos a varanda da casa que foi do senhor Manuel Rebelo Riça (tipógrafo)  e é atualmente propriedade do senhor António Gomes Ramos. 

A sua grade, um belíssimo exemplar de arte forjada, é a única que, num destacável e rendilhado enquadramento estético, apresenta o que julgo ser o monograma  do  mestre forjador (IAFSjá que não consegui associar tais letras ao nome de qualquer proprietário do edifício antes de ele ser de Manuel Rebelo Riça. Foi nessa casa, no primeiro andar e nos seus fundos, onde funcionou a TIPOGRAFIA CASTRENSE, cuja história deixei no livro "CASTRO DAIRE, IMPRENSA LOCAL (1890-1960)", editado pela Câmara em 2014, aquando e a propósito do restauro (feito sob a minha orientação) do prelo saído da FUNDIÇÃO DE MASSARELOS, PORTO, em 1855 que, mesmo desmantelado, foi zelosamente preservado nas dependências da Fábrica da Igreja, pelos Abades Adriano3- Tipografia -1-2- REDZ Monteiro e seu sucessor Carlos Caria. 

E, sem abandonarmos as redondezas da Igreja Matriz, na moradia que foi da FAMÍLIA LEITÃO (atualmente da FAMÍLIA  RAMOS), no primeiro  andar, na fachada lateral que dá para o Paul (antigo caminho que ligava a vila à Ponte Pedrinha, depois de entroncar na velha Estrada Romana, no sítio da Boa Morte) temos mais um varandim granítico resguardado por outra grade, bem digna de ficar neste "banco de dados" dedicado à "ARTE FORJADA". E, no mesmo caminho, um pouco mais acima, em direção ao Largo do Espírito Santo (mais conhecido pelo antigo Largo da Feira das Galinhas) temos a varanda da casa do senhor João Oliveira (também conhecido na vila pelo nome de João da Adelaidinha) e nela,  mais um exemplar dessa arte. A grade, além de bem pintada, tal como a 4- Leitão - rEDZda varanda do senhor António Gomes Ramos, já atrás mencionada, está rodeada de vasos com flores, uma antiga tradição vilã que vai passando de moda. Tempos houve que não faltavam, na vila, casas com trepadeiras a ornamentarem certas varandas e até árvores de fruto. Atualmente, todo o curioso ou estudioso que se dê ao cuidado de olhar e ver o que o rodeia,  situado que esteja nas bandas do Largo do Coreto, virado para a Câmara Municipal, por certo verá uma varanda onde se levanta um caprichoso limoeiro e respetivos frutos e ao seu lado o bem cheiroso alecrim . Já alojei um vídeo no Youtube com tão insólito personagem em tão inesperado quintal, mas não resisto a colocar aqui a fotografia tirada, hoje mesmo, da varanda o meu conterrâneo David Pereirinha que se prontificou a facilitar-me essa panorâmica. (CONTINUA)

LIMOEIRO-REDZCC

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.