«Prezados Amigos: O Jornal Sem Fronteiras, trará uma comitiva de cerca de 70 académicos, escritores e artistas, desde 15 a 31 de março , ao nosso país. Aquele jornal, é considerado o de maior tiragem no campo cultural do Brasil e, talvez, da Lusofonia, com uma tiragem média de 150.000 exemplares. Entre as personalidades que irá, em vários locais, galardoar com o Diploma de Reconhecimento, está V. Exa.
No Museu Maria da Fontinha, pelas 14,30 horas do dia 28 de março, proceder-se-á à aludida entrega em cerimónia especial a ser ali levada a efeito. Agradecemos confirme a sua aceitação e a sua gratificante para nós, presença. Saudações cordiais académicas AV».
E a par desta iniciativa cultural a ter lugar no Gafanhão, o Dr. Arménio foi-me pondo ao corrente de outros eventos levados a cabo em Lisboa e Figueiró dos Vinhos. Face a tais iniciativas e eventos, sendo eu amigo do Meritíssimo Juiz Desembargador (jubilado), Pedro Santos Antunes, meu companheiro de liceu em Lourenço Marques (hoje Maputo) sabendo-o natural de Figueiró dos Vinhos, pu-lo ao corrente de tudo e sugeri-lhe que se tivesse disponibilidade comparecesse numa dessas iniciativas (em Lisboa ou Figueiró), pois tinha a oportunidade de conhecer esse meu amigo, cuja esposa, minha colega de profissão, Dra Lucília Vasconcelos era exatamente dessa terra. E ele foi. E eles conheceram-se. E ele, Meritíssimo Juiz, (jubilado) no dia 28 meteu-se estrada fora sentado ao volante e, não temendo cerca de 800 km, ida e volta, fez questão de estar presente na cerimónia onde o seu velho amigo e companheiro de liceu, iria receber tão generosos galardões.
Saiu cedo de Lisboa e chegou a tempo de, antes do almoço, visitarmos o Alto do Calvário e dali apreciar a paisagem urbana da vila, ver onde se situava o velho «crasto» e estender a vista pelas montes em redor. Não saímos dali sem uma ligeira lição sobre a «civilização castreja». Apontei-lhe o Monte de São Lourenço, as «Portas do Montemuro» e falei-lhe no «castro da Maga». Todos eles a avistarem-se, por forma, a poderem dar sinal uns aos outros da aproximação dos inimigos.
Seguiu-se o Restaurante Pisaria Rocha, e ali, fomos recebidos e atendidos com a afabilidade do costume. Escusado será dizer que o meu amigo, sendo a primeira vez que ali entrou, ficou muito bem impressionado com o ambiente e com os serviços prestados. Tirada a foto para «memória futura» partimos para o Gafanhão. Um professor e um juiz que se prezam da profissão (ainda que aposentados/jubilados) nunca chegam atrasados a uma cerimónia oficial.
(continua e acaba na parte 2)