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terça, 09 novembro 2021 14:10

CANTONEIROS E GUARDA-RIOS

Escrito por 

PELO MUNICÍPIO DE CASTRO DAIRE

Num apontamento anterior reportei-me ao ressuscitar da profissão de GUARDA-RIOS recentemente aprovada na Assembleia da República. E ao falar também dos CANTONEIROS, longe estava de pensar voltar ao tema com as ilustrações que se seguem.

 psEm  frente ao estabelecimento onde todos os dias tomo o PEQUENO ALMOÇO, fica o antigo «RESTAURANTE  ROYAL», atualmente de portas fechadas. A sua montra serviu, neste ano de 2021 para exposição dos «PLACARDS» de campanha política do PARTIDO SOCIALISTA, para as AUTARQUIAS LOCAIS, como muito bem demonstra a ilustração que se anexa, tirada na altura, não com o propósito de mostrar os candidatos, mas sim os AGRAFES METÁLICOS , conceção de iluminado arquiteto e/ou engenheiro ligado à «mobilidade urbana», preocupados., seguramente, com a defesa dos inocentes, inconscientes e descontraídos PEÕES, estes próprios proprietários de carros, carretas, motas e bicicletas de que fazem uso nessas mesmíssimas ruas e estradas.

Estávamos em CAMPANHA para as AUTARQUIAS. Os candidatos mostravam o seu ROSTO e ideias que tinham para o concelho, que o mesmo é dizer, para o BEM-ESTAR dos munícipes e de quem nos visita.

SEDE-PSD-1É a sua obrigação e eu LOUVO todos aqueles, mesmo os DERROTADOS, que assumem dedicar-se à CAUSA PÚBLICA. Só esses. Pois tal louvor não abrange aqueles que tomam lugar nas listas para se promoverem a si próprios e, através da plítica, levarem por diante os interesses particulares que os movem. E não faltaram por aí alguns cidadão que mosraram descaradamente os interesses pelos quais se movem, O eleitor que abra os olhos e veja.

AGRAFES REDUZIDOSBem. Passaram as ELEIÇÕES, venceram uns e perderam outros. Uns e outros, como é próprio da DEMOCRACIA,.foram empossados nos seus cargos e funções. Os CARTAZES desapareceram das montras, as casas ficaram despidas do colorido do costume em tempos semelhantes, mas os AGRAFES, esses, em posição curvada de atletas à espera do tiro de partida, ali continuam passados todos estes meses. Tal foi a bebedeira.

E é aqui que entro com a profissão de CANTONEIRO. Estou convencido que se tal profissão existisse, com a fiscalização e chamada á responsabilidade de cada um pelo CANTÃO que lhe estava distribuído para conservação, tais AGRAFES, há muito que tinham abandonado aquela posição e tinham abalado pista fora para nunca mais serem vistos.

Mas para valorizarmos, de bom siso, como isso era em tempos idos, nada melhor do que documentar duas coisas:

PRIMEIRA: o cantoneiro, devia ter aspetos apresentável e não andar «descalço e roto» como nos diz este registo de 1938 assinado pelo responsável da «conservação das estradas».

descalço-29-09-1938 - CópiaSEGUNDA: O Município e a JAE não dispunham somente das VERBAS que hoje chovem nos seus cofres vindas do OE. Tinham de fazer pela vidinha. E a produção de «bolotas e castanhas» das árvores que os CANTONEIROS plantavam nas margens das estradas davam o seu «jeitinho» ao orçamento municipal e das estradas de Portugal. . Eram vendidas anualmente em «hasta pública» e feitos os respetivos autos e registos, por forma a que os «dinheiros públicos» não levassem descaminho.

E agora? Bem, agora, derrubam-se as árvores que os CANTONEIROS tão diligentemente plantaram. E ninguém é chamado à RESPONSABILIDADE.  Estou a lembrar-me do ATENTADO AO AMBIENTE que foi derrubar as árvores do antigo parque da JAE no alto de Farejinhas e parece que só eu fiquei incomodado com isso. Lembram-se? Poara os mais esquecidos ou descuidados e como a COP26 debate em Glasgow  os problemas da «descarbonização» a par dos protestos que enchem as ruas das cidades do mundo inteiro a gritarem em prol da defesa PLANTETA, eu aqui deixo o link desse vídeo, como contributo de cidadão que «não como e cala».Façam o favor de ver, ouvir e COMENTAR:
 https://youtu.be/HowtuTcDQ1E

 

bolotas e castanhas-2 - Cópia

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Abílio Pereira de Carvalho

Abílio Pereira de Carvalho nasceu a 10 de Junho de 1939 na freguesia de S. Joaninho (povoação de Cujó que se tornou freguesia independente em 1949), concelho de Castro Daire, distrito de Viseu. Aos 20 anos de idade embarcou para Moçambique, donde regressou em 1976. Ler mais.