DA ENXURRADA AO PING...PING...PING...
Quando a chuva vem sem necessidade de preces, danças e rezas como se fazia antigamente
Abílio Pereira de Carvalho 4 de Agosto de 2015
O "SIM,SIM,SIM" DO SANTO HILÁRIO
Posso dizer que fui amigo do senhor Manuel Araújo e Gama (falecido há poucos anos) que se aposentou como Chefe da Repartição de Finanças de Castro Daire, depois de ter feito um longo tirocínio pelo país, incluindo a vila se Serpa, no Alentejo. E do Alentejo falámos ambos muitas e muitas vezes. Os dois tínhamos gostado daquelas terras e das suas gentes.
Aquando do 25 de Abril, magoado por ver o seu nome numa lista que o MFA afixou em lugar público, identificando os funcionários que deviam ser SANEADOS, resolveu enfrentar o Capitão Fernandes, o oficial mais graduado que comandava o destacamento militar, mandado para Castro Daire, destinado a POLITIZAR as gentes do concelho.
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HISTÓRIA VIVA1 - A base é uma manilha de cimento colocada na vertical, igual a tantas outras que substituíram a velha cale granítica inclinada dos moinhos hidráulicos, aqueles que (e eram tantos!) laboraram ao longo dos nossos rios principais e secundários. Moinhos de maquia ou de herdeiros, em tempos que lá vão. Mais rigorosamente, no meu tempo de infância e juventude.HISTÓRIA VIVAUma das minhas preocupações pedagógicas, enquanto professor que fui, era espevitar nos meus alunos a imaginação e a criatividade, levando-os a aplicar os conhecimentos adquiridos a situações novas com que tivessem de enfrentar-se no decurso da vida.28 de Abril de 2015 às 18:44 · O FACEBOOK É UMA LIÇÃONo dia 17 de ABRIL (2015) postei nesta página (Facebook) um texto sobre o «25 DE ABRIL», cantando loas à DEMOCRACIA e criticando o CLIENTELISMO, o AMIGUISMO e o NEPOTISMO. Esse TEXTO mereceu 8 likes e 3 comentários. No dia «25 DE ABRIL» postei o poema «25 DE ABRIL» que mereceu 21 likes e UMA PARTILHA. No mesmo dia postei a capa do livro com o rótulo «VISADO PELA COMISSÃO DE CENSURA», aludindo ao antes do «25 de ABRIL». mereceu 9 likes. Ainda no dia «25 DE ABRIL» postei novo poema, alusivo ao dia, mereceu 15 likes e um COMENTÁRIO. No dia «27 DE ABRIL» partilhei o vídeo que alojei no Youtube (UM PROTESTO DAS ÁGUAS DO PAIVA) e mereceu, até agora, 13 likes e CINCO PARTILHAS.REGRESSÃODepois de abrir o link que me chegou à caixa do correio eletrónico enviado por um amigo da minha geração, o Dr. Manuel Lima Bastos, que, depois de queimar os neurónios na Universidade de Coimbra, passou a vida nas barras dos tribunais e a ler, tresler e a escrever sobre Aquilino Ribeiro, com o introito interrogativo «JULGAVAM QUE JÁ TINHAM VISTO TUDO?», reenviei-o para uma sobrinha minha, médica de profissão, que, me respondeu com a seguinte apreciação:PROLONGAMENTO DO DIA DE TRABALHO1 – OS SERÕESNo meu tempo de juventude e puberdade, na minha aldeia e suas circunvizinhas, em toda a serra onde a agricultura e a pastorícia eram as principais fontes de rendimento, o dia de trabalho prolongava-se noite afora. Eram os serões. E havia serões ao ar livre, geralmente feitos nas noites de verão ou tempo quente, destinados às desfolhadas do milho e maçadas do linho. E os serões em espaços cobertos e acolhedores, destinados às escarpiadas da lã e à fiação do linho, que tinham lugar nas noites frias e prolongadas do Inverno.HISTÓRIA VIVAÉ o mês de Maio, é o tempo da vessada. A charrua, relha afiada, aiveca oleada, vai ao fim da leira e retorna, virando leiva sobre leiva. Aquele pedaço de terra negra é a folha onde os camponeses, séculos, anos e meses, sem escolha, escrevem, mil vezes, a sua história em escrita bustrofedon. Ele é o lavrar, ele o cavar, ele é o gradear a terra chã de regadio. Saco de serapilheira ao tiracolo, o lavrador mete a mão dentro e, com gesto solto e longo, espalha pelo terreno lavrado o milho ensacado. Grade passada e repassada, está feita a vessada. Um espicho, em forma de bengala aguçada, acaba a missão e não há grão que se mostre à superfície da terra negra que não seja afundado, antes de ser levado no papo do melro, do gaio e outra passarada que, por sua vez, está tão treinada nestas tarefas como o camponês.1 - A FONTEDifícil missão é explicar o ÓBVIO, seja quem for e a quem for. Perguntar a qualquer pessoa adulta para que serve uma FONTE é, naturalmente, um ATENTADO à sua inteligência, ao seu conhecimento e à sua experiência de vida. A não ser que essa pessoa adulta tenha passado a vida a beber água engarrafada, sem se interrogar sobre o valor de tão precioso líquido, do lugar donde vem e trabalhos e despesas que dá a sua descoberta e exploração.HISTÓRIA COM GENTE DENTRODelfim era o seu nome. Em Castro Daire e arredores, gente de pé descalço ou de sapato, senhoras e senhores, todos o conheciam assim. Fotógrafo de profissão, morava no Largo do Espírito Santo, sítio também designado "Feira das Galinhas", por ser ali que, em dias de feira, eram vendidos esses animais de pena.
HISTÓRIA COM GENTE DENTRO
Delfim era o seu nome. Em Castro Daire e arredores, gente de pé descalço ou de sapato, senhoras e senhores, todos o conheciam assim. Fotógrafo de profissão, morava no Largo do Espírito Santo, sítio também designado "Feira das Galinhas", por ser ali que, em dias de feira, eram vendidos esses animais de pena.
HISTÓRIA COM GENTE DENTRO
Delfim era o seu nome. Em Castro Daire e arredores, gente de pé descalço ou de sapato, senhoras e senhores, todos o conheciam assim. Fotógrafo de profissão, morava no Largo do Espírito Santo, sítio também designado "Feira das Galinhas", por ser ali que, em dias de feira, eram vendidos esses animais de pena.
HISTÓRIA VIVA
O senhor ORLANDO MORAIS, cidadão castrense que teve loja de ferramentas e utensílios domésticos aberta defronte dos PAÇOS DO CONCELHO, em Castro Daire, ofereceu-me, há anos, um RELÓGIO DE SOL moldado em marmorite, proveniente de uma fábrica sua fornecedora, sita lá para as bandas de Aveiro. Entregou-mo tal como saiu do MOLDE, sem cor, nem vida, ainda que estivesse pronto a receber e a mostrar uma e outra.DECISÃO MUNICIPAL REVERTIDANo dia 13 de março do corrente ano, pelas 14.30 h, depois de saber que, por decisão do Executivo Municipal, sugerida pelo Padre Caria (com quem falei pessoalmente) que a escola "CONDE FERREIRA, 1866" (a primeira escola primária na sede do concelho) iria ser convertida em CASA VELÓRIO, publiquei no meu site (com porta aberta no Facebook) uma crónica que incluía dois vídeos sobre acessos pedonais àquele espaço histórico (alojados no Youtube em 2012, a expensas minhas, pois sendo munícipe, não tenho qualquer avença com o Município), mostrando e fundamentando a minha frontal oposição a tal medida.LUSOFONIA - 1No dia seguinte à atribuição do PRÉMIO PESSOA ao PROFESSOR FREDERICO LOURENÇO postei no meu mural do FACEBOOK o texto que se segue e a respetiva ilustração. A sua transladação para aqui dá-me a oportunidade prosseguir a reflexão que tenho vindo a fazer sobre o torneio que os defensores da LINGUA MATER (a minha ferramenta de trabalho) têm travado em torno do ACORDO ORTOGRÁFICO'90", ao qual tenho assistido de palanque, não em silêncio, mas, pelo contrário, com reparos esporádicos, não digo estridentes, mas evidentes, dirigidos a uma das partes em contenda. Mas vamos primeiro ao texto que postei no FACEBOOK, acima referido:A FORÇA DA AMIZADEComo prometi no texto que ontem publiquei na minha página do Facebook, cá estou eu a dar o desenvolvimento e o tratamento merecido à sessão solene realizada no MUSEU MARIA DA FONTINHA, no Gafanhão, Reriz, Castro Daire, onde se encontraram e foram agraciados vários académicos (muitos deles brasileiros) ligados à LUSOFONIA. Assim:Em 17 de fevereiro do corrente ano, entrou-me na caixa do correio eletrónico uma mensagem remetida pelo Dr. Arménio de Vasconcelos, que conheço muito bem e de quem sou amigo desde o longínquo ano de 1985. Eis o seu conteúdo:A OCASIÃO FAZ O LADRÃOO "Boletim Antropométrico" que hoje publico, respeita a Miguel Pereira Bernardo, natural de Cujó, de 59 anos de idade e um sinal particular: "SEM O OLHO DIREITO" pormenor de grande importância para o historiador que, na isenção que deve assumir no relato dos factos que resultam da sua investigação, proibido está de dizer somente o que lhe agrada e obrigado é a relatar tudo o que encontra e lhe permite a leitura hermenêutica das fontes consultadas e os conteúdos conexos com outros documentos ao seu dispor, ou do seu conhecimento, orais que eles sejam.TRANSFORMA-SE O HERDADOR NA COUSA HERDADA - VIII (CONTINUADO) (cf. site antigo)Mas acerca da legitimidade dos colonizadores fazerem guerra, ocuparem e colonizarem os índios da América, Frei Francisco de Vitória, em 1538 ou 1539, levanta a sua voz para dizer coisa bem diferente:DECISÕES MUNICIPAIS IRREVERSÍVEISNão faltará por aí quem pense que as CIÊNCIAS SOCIAIS, entre as quais se encontra a HISTÓRIA, são ciências de escalão inferior, face às ditas (e erradamente classificadas) CIÊNCIAS EXATAS, essas que metem números, somas, multiplicações, divisões e o diabo a sete. Que a HISTÓRIA e outras disciplinas afins estão a perder terreno nos programas educativos, pois em tempo de NOVAS TECNOLOGIAS, de computadores, telemóveis e quejandos de que serve ao estudante enfronhar-se no conhecimento do PASSADO, esse que só a HISTÓRIA pode trazer ao PRESENTE e mostrar ao HOMEM as suas GLÓRIAS e as suas MISÉRIAS, por forma a orgulhar-se de umas e envergonhar-se das outras, desde que esteja disposto a acertar o passo na marcha dos tempos e atingir a performance de pessoa educada e civilizada no seio da comunidade em que vive e que herdou dos seus antepassados?REQUALIFICAÇÃO URBANAUm amigo meu facebookiano - o espanhol Juan José Garrido Adan - que, há meia dúzia de meses, conheci ocasionalmente a visitar o Museu Municipal de Castro Daire, fez o seguinte comentário à última foto que postei, em 18 de março de 2012 (vinda agora à superfície das MEMÓRIAS), sobre o Jardim Público de CASTRO DAIRE, em dois tempos: o «passado» e o «presente». Escreveu ele:SAGRADA FAMÍLIAEm menino, não sei bem precisar a idade, fui atacado por uma espécie de eczema atrás de uma das orelhas que me incomodada sobremaneira. Um vermelhão com pontos brancos era a parte visível e os seus efeitos uma comichão dos diabos.O meu pai era entendido em coisas de medicina e não atinava com os pós e as pomadas que, ao tempo, estariam disponíveis nas boticas, certamente. Não acreditando ele em rezas, benzeduras e mezinhas, caseiras, a minha mãe, à socapa, levou-me à tia Rosa Abadinha, especializada nesses saberes tradicionais e à minha tia Leonor (casada com o meu tio João Beioco) que, tanto quanto é da minha lembrança, fez uma cercadura em torno da zona afetada com tinta azul E disse as palavras mágicas do costume, certamente com padre-nossos e ave-marias, pelo meio. Mas o mal não passou e eu continuava com o meu sofrimento. Nem queiram saber o que uma criança sofre quando um mal desse o ataca e logo atrás de uma orelhaLIVRO DE REGISTO DA ENTRADA DE PRESOS NA CADEIA DE CASTRO DAIREUma atitude pedagógica exercida junto das crianças, no meu tempo de menino, era ameaçarem-nos com o MEDO. E o MEDO incluía a vinda inesperada da CÔCA (certamente coisa má, mas abstrata, que nunca vi), o BICHEIRO e o POBRE que cirandavam, vivinhos da silva, de saco a tiracolo de terra em terra e nos levariam dentro dele se o nosso comportamento se afastasse dos «usos e costumes». Somava-se o INFERNO, aquela fogueira medonha de labaredas constantes a devorarem as almas pecadoras e também a CADEIA que nos privava da liberdade.Lembro-me bem dessa ATITUDE PEDAGÓGICA e procurei não exercê-la com os meus filhos e alunos. E mais! Já na condição de professor, cheguei a advertir certos pais que, passados tantos anos, ainda recorriam a esse tipo de PEDAGOGIA: o medo.LIVRO DE REGISTO DA ENTRADA DE PRESOS NA CADEIA DE CASTRO DAIREPrometi fazer uma grelha que resumisse os dados extraídos do livro da entrada dos presos na Cadeia Civil de Castro Daire, entre os anos de 1929 a 1937.
DESPEDIDA
Conheci-o há muito tempo, no Café Central, no seu local de serviço. Baixinho, bem disposto, sorridente, gordinho, tinha para com o cliente um trato fidalgo, educado e sempre diligente. Corria a servir as mesas a contento de toda a gente e toda a gente, com carinho, o tratava por João Ratinho.
DESPEDIDA
Conheci-o há muito tempo, no Café Central, no seu local de serviço. Baixinho, bem disposto, sorridente, gordinho, tinha para com o cliente um trato fidalgo, educado e sempre diligente. Corria a servir as mesas a contento de toda a gente e toda a gente, com carinho, o tratava por João Ratinho. LÍNGUA PORTUGUESA Creio que só interesses inconfessados ou cegueira total se negam as evidências. LUCYNeste meu afã de nos tempos livres (que são poucos) percorrer os programas disponíveis na TVCABO, deparei, um dia destes, com um nome no meio de écran: «LUCY», somente «LUCY», no canal «FOX-MOVIES».Num ápice, tal como um relâmpago a rasgar o céu em noite escura, esse nome transportou-me para algo distante no espaço e no tempo, arquivado na minha memória.CASTANHEIROS CENTENÁRIOSÉ sabido o papel que, na imprensa, nos livros e em vídeo, tenho assumido na defesa do nosso património histórico, cultural, material e imaterial, a par do património NATURAL. Basta ler, ver e ouvir.A foto que ilustra este "post" é de um castanheiro centenário, em fins de vida, um MONUMENTO NATURAL que, a par de mais dois, cujos vídeos alojei no Youtube no ano de 2013, bem podiam ser preservados, por mais alguns anos, se assim o quisessem os nossos autarcas responsáveis pelo PELOURO DA CULTURA, num tempo que tanto se fala do turismo histórico-cultural e pouco se faz para atrair os TURISTAS ao concelho, nomeadamente os amantes de NATUREZA, cada vez em maior número.BUROCRACIA, 2 (*)
ACORDO ORTOGRÁFICO, 2Quando me volto para o passado distante e recordo alguns companheiros de viagem nos TRILHOS do saber, do ensinar e do aprender, um nome está sempre presente: DR. FRANCISCO CRISTÓVÃO RICARDO, meu professor que foi de PORTUGUÊS, LATIM e HISTÓRIA DA LITERATURA PORTUGUESA.Orgulho-me da sua COMPANHIA e, em boa verdade, nos meus 77 anos de idade, posso dizer que tenho tido a preocupação de fazer uso correto dos seus ensinamentos, ainda que, por culpa minha e não dele, nem sempre isso aconteça.BUROCRACIA, 1O último programa da RTP1 "SEXTA ÀS 9", de Sandra Felgueiras e outros, mostrando-nos o estado a que chegou o nosso PATRIMÓNIO HISTÓRICO e a culpa disso a MORRER SOLTEIRA, sugeriu-me a repor aqui parte de um texto que escrevi, hã anos, relativo aos TRILHOS que tive de pisar para adquirir a foto do BÁCULO DA ERMIDA DO PAIVA, para ilustrar a CAPA do livro, cujo miolo versava a história do MOSTEIRO DA ERMIDA. Assim:«FUNÇÃO PÚBLICA“(...) Hoje, infelizmente, as chefias desmultiplicam-se, aquilo que deveria ser feito por um é, normalmente, repartido por vários (...) Há em Portugal uma cultura de funcionalismo público no pior sentido do termo, ou seja, a função constitui mais uma oportunidade de emprego seguro do que de afirmação de carreira profissional (...)”Gomes Fernandes, “Função Pública” in JN de 01-06-20
MÉDICO
1 - Desde que, em 2010, fiz o DVD com o título "Um testemunho de vida", com 50 minutos de duração, relativo ao médico, Dr. Jorge Ferreira Pinto, que a minha consciência me acusava de algo em falta. Nesse DVD, com entrevista direta (tanto em imagem como em áudio) classifico o Dr. Jorge como sendo o último JOÃO SEMANA que, acabada a Universidade, nos meados do século XX, se veio fixar em Castro Daire e por cá ficou até hoje. A ECONOMIA, OS AFECTOS, AS PESSOAS E OS POVOSNesta saga que me propus a rodar no asfalto da ESTRADA NACIONAL N. 2, integro hoje a minha última viagem a Lisboa, em carro próprio.A ECONOMIA, OS AFECTOS, AS PESSOAS E OS POVOSJá demonstrei sobejamente (com textos e com fotografias) a minha relação afetiva e utilitária com a ESTRADA NACIONAL N. 2 (e suas derivações) desde os 16 anos de idade, até aos 77 (idade que tenho), seja de carro, de mota ou pedibus calcantibus. Às vezes com a FAMÍLIA INTEIRA (mulher e filhos), outras vezes com parte dela e, ultimamente, o mais das vezes, SOZINHO. |